
Mark Haddon nasceu em 1962, a 26 de Setembro, em Northampton. Vive em Oxford com a sua mulher Sos Elvis e os seus dois filhos. É vegetariano e ateu.
Apesar de parecer, não se considera um escritor disciplinado. Apenas porque não deixa qualquer rascunho vir cá para fora. O autor inicia muitas coisas e felizmente tem pessoas que lêem tudo aquilo que escreve, como a sua mulher que lhe diz se algo que ele escreveu resulta ou não. Muitas vezes, o autor não sabe bem o que está a criar. O que começa sendo um poema, pode tornar-se uma cena, possivelmente um romance e no fim uma história curta.
O seu pai era arquitecto e o autor admite que quando escreve uma cena, tem que desenhar a planta daquela divisão e assim visualizar melhor como está tudo organizado. E talvez seja por isso que o autor seja tão bom nas descrições que faz nas suas obras. Chega mesmo a precisar dessas descrições tanto naquilo que lê, tanto naquilo que escreve para aquela cena lhe pareça real. Trabalhou como ilustrador e cartoonista em diversos jornais e revistas, junto de adultos e crianças com necessidades educativas especiais.
Ao ter trabalhado em televisão, mais propriamente, shows para crianças, foi de certa forma obrigado a escrever para reter a atenção do leitor, e não cair na tentação de escrever sobre ele próprio. Até porque muitas vezes tinha que reescrever vários episódios, só porque o produtor decidia fazer algo completamente diferente naquele episódio.
Mark Haddon ensina a escrever pelo menos uma vez ao ano na Fundação Vaughan, mas não acredita que se consiga ensinar a escrever bem. Normalmente, os bons escritores são aqueles que se descobrem por acaso e os que acabam por quebrar todas as regras da escrita. Ele ensina as regras e é importante saber as regras da escrita, mas isso é apenas a base.
O autor aconselha a ler aquilo que se escreveu em voz alta. Por vezes aquilo que parece bem escrito, por vezes lido em voz alta não faz muito sentido, não soa tão bem. Por isso, por vezes, pode ser descartado. Assim como também se pode melhorar um mau texto.
Conhecido pelo seu romance O Estranho Caso do Cão Morto, lançado em 2003. Foi vencedor de prémios como o Guardian Children’s Fiction Prize 2003, o Commonwealth Writers Prize Best First Book Award 2004 e o Whitbread Book of the Year Award 2004.
Publicou o seu primeiro livro para crianças, Gilbert’s Gobstopper, em 1987, ao qual se seguiram outros títulos dirigidos aos público infanto-juvenil.
Depois de uma viagem pela poesia, Mark Haddon regressou à prosa com Boom! Em 2009, A Casa Vermelha em 2012, The Pier Falls em 2016 e O Golfinho em 2019.
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Writing advice from Mark Haddon
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