Mostrar mensagens com a etiqueta Masterclass. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Masterclass. Mostrar todas as mensagens

terça-feira, 22 de julho de 2025

James Patterson MasterClass

James Patterson MasterClass
 James Patterson é um dos autores mais bem-sucedidos do mundo, mestre do suspense, do policial e da ficção para jovens adultos. Com uma escrita ágil e viciante, já bateu recordes no New York Times com dezenas de livros no Top 1. 

Patterson começou a escrever enquanto trabalhava em publicidade, mas foi com o thriller “Along Came a Spider” (O Colecionador) que explodiu nas livrarias. Com mais de 400 milhões de livros vendidos, Patterson é conhecido por histórias rápidas, capítulos curtos e personagens inesquecíveis. 

Livros Famosos de James Patterson

  • Série Alex Cross: Um dos detetives mais icónicos da literatura policial. Livros como O Colecionador e Jack & Jill são leitura obrigatória.
  • Women’s Murder Club: Mistério e crime sob a perspectiva de quatro mulheres poderosas. Começa por 1st to Die (1.ª a Morrer)
  • Maximum Ride: Ficção jovem adulta com ação, aventura e ficção científica — perfeito para quem gosta de fantasia moderna.
  • Private: Uma agência de investigação privada que viaja pelo mundo a resolver casos de alto risco.
  • Standalone Bestsellers: Patterson também escreveu sucessos independentes como The Beach House e Suzanne’s Diary for Nicholas.

Conselhos de Escrita de James Patterson

Se queres escrever como James Patterson, segue estes conselhos do próprio autor: 

“Escreve como se estivesses sempre a contar uma boa história” — evita floreados desnecessários, o mais importante é manter o leitor agarrado.

“Capítulos Curtos = Leitura Viciante” — capítulos de 2-3 páginas criam ritmo e fazem o leitor dizer sempre “só mais um capítulo”.

“Não compliques” — Patterson foca-se na clareza da escrita. O objetivo é que qualquer pessoa consiga seguir a história.

“Planeia antes de escrever” — o autor é conhecido por planear todos os capítulos antes de começar a escrever, o que evita bloqueios criativos.

“Escrever é trabalho, não inspiração” — Patterson escreve todos os dias, de forma disciplinada, mesmo quando não tem “inspiração”.

Conclusão 

James Patterson é a prova de que escrever histórias simples, mas bem contadas, conquista milhões de leitores. Se queres melhorar a tua escrita ou apenas devorar livros de leitura rápida, este autor é uma aposta segura!

E tu? Já leste algum livro de James Patterson? Eu confesso que ainda não li nada deste autor. Mas fiquei sem dúvida muito curiosa para ler. Não ficaste?

terça-feira, 20 de maio de 2025

MasterClass de Amy Tan

Fotografia de Amy Tan

 Se procuras inspiração para escrever com alma, emoção e autenticidade, Amy Tan é um nome que deves conhecer. Autora de The Joy Luck Club (O Clube da Felicidade e da Sorte), Tan é uma das vozes mais influentes da literatura contemporânea, especialmente no retrato das relações entre mães e filhas e da experiência de imigrantes chineses nos Estados Unidos.

Quem é Amy Tan?

Amy Tan nasceu em 1952, na Califórnia, filha de pais chineses imigrantes. A sua infância foi marcada por contrastes culturais, perdas familiares e uma busca por identidade. Inicialmente, seguiu uma carreira empresarial, mas a escrita acabou por chamá-la de volta às suas raízes - e ao seu coração. 

O que inspirou The Joy Luck Club?

Tan escreveu The Joy Luck Club após uma viagem marcante à China com a mãe. Essa jornada despertou nela uma profunda conexão com as suas origens e com as histórias que a sua mãe lhe contava em criança. O livro nasceu como uma tentativa de compreender a sua herança cultural e dar voz a uma geração de mulheres silenciadas pela tradição. 

A obra tornou-se num bestseller internacional e foi adaptada para o cinema, sendo considerada um marco na representação asiático- americana na literatura e no ecrã. 

Os conselhos de Amy Tan sobre escrita

Amy Tan é conhecida por defender a escrita como uma ferramenta de cura e descoberta pessoal. Os seus principais conselhos incluem:

  • Escreve com verdade emocional: não te preocupes com as regras literárias, preocupa-te com o que sentes.
  • Explora a tua história: mesmo as experiências pessoais têm valor universal.
  • Aceita o processo imperfeito: escrever bem exige reescrever - e aceitar que o primeiro rascunho não será o último.

O processo criativo de Amy Tan 

Tan descreve o seu processo como profundamente intuitivo. Ela não começa com uma estrutura rígida, mas com uma imagem, emoção ou pergunta. Gosta de escrever em silêncio, deixando que as palavras a encontrem em vez de forçá-las. 

Para Amy, a escrita é menos sobre técnica e mais sobre empatia, escuta interior e sensibilidade cultural. Ela costuma reler cartas, fotos antigas e memórias como ponto de partida. 

Como Amy Tan lida com a página em branco

Amy admite que o bloqueio criativo é real - e não raro. Para combatê-lo, ela: 

  • Relê trechos de livros que a emocionam;
  • Escreve cenas soltas, sem compromisso com a ordem;
  • Permite-se escrever mal no início, confiando que a beleza virá na Reescrita. 
“Escrever é como entrar numa sala escura à procura da luz. Tens que confiar que ela está lá.”

Dicas de Amy Tan: 

Revê várias vezes. Vê onde há redundâncias, confusão. Vê se as coisas são reais. Usaste clichês, romantizaste demais?

Lê o manuscrito em voz alta. Lê um personagem e vê se ele é consistente durante toda a história. Vê onde mudaram de uma forma natural. 

Quando escreves tenta bloquear o que está a acontecer na tua vida e o que está a acontecer no mundo. 

Cria um ritual para entrar no mundo criativo. Acende uma vela ou incenso. Escolhe uma música que seja compatível com a cena que vais escrever. 

Lê mais posts do género aqui: 

MasterClass de outros autores


terça-feira, 21 de janeiro de 2025

Joyce Carol Oates MasterClass

Livro aberto

Joyce Carol Oates, na sua MasterClass, que se intitula por “Teaches the Art of the Short Story”, fala como escrever uma pequena história. E para isso, são precisos personagens e mais que isso, é preciso acontecer
alguma coisa. Estas histórias normalmente têm entre um a dois personagens e os contos são normalmente lidos de uma só vez. A autora considera que os primeiros rascunhos têm que ser escritos o mais rápido possível. E só após esse processo, podemos então reescrever as vezes que forem precisas, ler várias vezes e descobrir o nosso próprio ritmo de escrita. No entanto, Joyce Carol Oates, refere a importância do nosso trabalho ser lido por outras pessoas, como uma comunidade de leitores, ou um workshop de redação, por exemplo. 

Joyce Carol Oates, dá vários conselhos ao longo da sua MasterClass, como:

- Se for rejeitado, reescreva!

- Tenha um diário, escreva antes de ir para a cama e escreva à mão. 

- Descreva lugares e as suas reações aos lugares.

- Escreva mesmo quando não tem tempo. Quando estiver acordado até mais tarde. Quando estiver muito cansado. Mesmo que esteja mal ou doente, escreva nem que seja por 6, 8 ou 12 minutos. 

- Se por acaso, se se lembrar do que sonhou, escreva. 

- Se for tirando notas de coisas que se lembre do seu passado, do presente, e se as acumular até umas 200 páginas, é capaz de já ter algo com que trabalhar. 

- Fazer listas de mobília que quero ter na minha obra, se se passa no século XIX tenho que fazer uma pequena pesquisa.

- O que não usar num livro posso usar noutro. 

- Por vezes, a escrita vem de áreas que são normalmente reprimidas, como o alcoolismo, a depressão, a violência doméstica. 

- Para ter novas ideias, podemos sempre entrevistar os nossos pais ou avós.

- Se vais escrever sobre uma história real, muda o nome da personagem, a descrição e o lugar. Não devemos usar a escrita para magoar ninguém. 

E se estiveres a iniciar-te na escrita, quanto mais curta a história melhor. Consegues um melhor ritmo dessa maneira. Tenta começar com algo banal do dia-a-dia. Descobre algo que não sabias até aí. E dá um final poderoso. 

Espero que tenhas gostado deste pequeno resumo e das notas que te trouxe desta MasterClass e espero ter ajudado mais um bocadinho o teu percurso na escrita. O meu certamente que ajudou. 

Deixo aqui também uma lista das obras que a autora Joyce Carol Oates foi fazendo referência ao longo da MasterClass, para ler e analisar.

“O Diário do Escritor” - Virginia Woolf

O ensaio “Moments of Being” de Virginia Woolf

“O Retrato de Dorian Gray” - Oscar Wilde

“The Yellow Wallpaper” de Charlotte Perkins Gilmore

“The Use of Force” de William Carlos Williams 

sexta-feira, 29 de novembro de 2024

O que aprendi com a MasterClass de Neil Gaiman

Livro aberto

 Neil Gaiman é um dos autores mais populares da atualidade. E após assistir a MasterClass do autor, isto é o que tenho para partilhar convosco. 

Nós usamos histórias desde o início da humanidade para aprendermos. Na ficção transmitimos a verdade com histórias, que são fundamentalmente a contradição mais gloriosamente gigante que podes imaginar. O que estamos a dizer é que usamos mentiras. Estamos a levar pessoas que não existem, e coisas que não aconteceram a essas pessoas para lugares que não existem, e estamos a usar essas coisas para comunicar coisas verdadeiras às crianças. 

Neil Gaiman aconselha todo o escritor a ter uma pilha de textos, músicas, livros, pessoas que conhecemos aponte num caderno ou formato digital, como fonte de inspiração. Uma vez que as nossas influências são todo o tipo de coisas. As ideias obtêm-se juntando duas coisas. Juntando algo que nunca foi visto até hoje. Como o exemplo que o autor dá, “e se um lobisomem mordesse uma cadeira e essa cadeira matasse alguém?”.

Para encontrarmos a nossa própria voz teremos que começar por imitar os autores que gostamos e conhecemos e escrevermos até encontrarmos a nossa própria voz. Depois de escreveres 10.000 palavras, 30.000 palavras, 60.000 palavras, 150.000 palavras, um milhão de palavras, terás a tua própria voz. A tua voz é aquilo que não consegues deixar de fazer. A tua voz estará presente quer estejas a escrever uma fantasia ou uma ópera espacial. 

Mas o que é uma história? “A história é algo fictício que faz com que vires as páginas e que não te sintas enganado no final.” Para desenvolver a história temos que perguntar “E agora, o que vai acontecer?” A primeira coisa que tens que fazer, é importar-te com os teus personagens, se não te importares, ninguém se irá importar. 

Assim que tens uma ideia, escreve tudo aquilo que sabes. Podem ser rabiscos, palavras circuladas, qualquer coisa. Continua a escrever pensando onde queres chegar e não pares. 

Quando começamos a escrever não pensamos que vamos escrever aquele livro. Pensamos sim, na história que irá dar origem a esse livro. Tens que permitir que o conflito aconteça. E tens que saber o que querem os teus personagens. Muitas vezes é isso que faz desenrolar a história.  E apenas um deles pode ter o que quer. E lembra-te que as personagens para o bem e para o mal, sempre conseguem o que precisam. E não o que querem.

O que os personagens querem e o que os personagens precisam sempre impulsionaram cada história e sempre determinam como cada personagem irá se comportar, o que vai acontecer e como eles interagem com outros personagens. 

Ao descobrires como soam as personagens, como falam, irás descobrir o seu carácter através do diálogo. Precisas de saber como a pessoa que está a falar, se parece. Tens que a visualizar. Precisas conhecer bem os teus personagens para saber se fariam tal coisa. 

Quando tens muitos personagens na tua história, precisas de lhes dar algo que o torne diferente de todos os outros. Ao escreveres características visuais e verbais estás a ajudar o leitor a distinguir as personagens. 

Ao criares um mundo, precisas de olhar o mundo lá fora, pensa nos lugares onde já estiveste. Fá-los maiores. Fá-los menores. Como seria uma escola que cobrisse uma cidade inteira? Como seria se fosse uma ilha? E se estivesse a flutuar no ar? Como chegarias lá?

Permite que os teus personagens descobram as regras do mundo onde estão. As pessoas descobrem as coisas ao errarem. Descobre-se que o fogo queima pondo a mão nele. 

Descreve o que precisa ser descrito. Explica o que precisa ser explicado. Para a descrição, o autor tenta montar uma cena para as pessoas. Vai descrever uma pessoa. Um portão. Um túmulo. Mas o que o autor vai fazer é assumir que o leitor sabe como é que se parece uma árvore, uma casa, uma porta. E não precisa ser uma coisa muito grande para ser distinguível de outra igual a ela. Basta dizer que a árvore parece uma mão apertada tentando agarrar as nuvens. E, de repente, sabes que aquela árvore é diferente. Isto evoca uma emoção. 

Ao apelar aos cinco sentidos estamos a fazer com que o leitor sinta as coisas que lê muito mais vivamente. No entanto, o cheiro é sobrevalorizado na escrita. Já o toque, um dos mais usados, cria uma emoção. Se o autor disser que o personagem tocou em algo húmido e quente, este é o toque dos pesadelos. Ou assim, o conhecemos. 

Como lidar com o bloqueio de escritor?

Pensasse que o bloqueio de escritor é algo pelo qual nada podes fazer, o que é mentira. Na verdade, apenas ficaste bloqueado numa cena qualquer da história. Para lidar com isso há duas regras:

1. Comece a um passo de distância, ou seja, não fiques a olhar para a página em branco, vai fazer outra coisa qualquer.

2. Volte fingindo que nunca o leu antes, ou seja, começa do zero e lê a história por completo. 

Uma vez que fazemos isso, a história irá tornar-se óbvia. O problema está sempre antes, nas linhas anteriores às que paraste. 

O processo de escrita está dividido em dois. É primeiro um processo de criação e depois um processo de edição e correção. Após escrever uma história, Neil Gaiman, afasta-se do rascunho durante uma semana a 10 dias e imprime. Ao voltar, finge que nunca o leu antes e que nada sabe sobre o que está a ler. E faz anotações. Anotações sobre o que não faz sentido para ele enquanto leitor. 

A diferença entre o primeiro rascunho e o segundo rascunho geralmente pode ser pequena. Mas é o rascunho mais importante. É onde irás reforçar sobre o que é a história e eliminar os lugares onde estás a escrever coisas que não  são o assunto da história. E isso irá definir o que fica e o que sai. O processo de escrever o segundo rascunho, é fazer parecer que sabias o que estavas a fazer o tempo todo. 

Quando as pessoas dizem que algo não funciona na tua história. É verdade. Acredita nelas. Essa informação é importantíssima. Mas quando te dizem, que algo está errado e te dizem como corrigir, geralmente estão errados. Quando algo não resulta, normalmente o problema está antes no texto. E por vezes, é algo que precisa desaparecer. Ás vezes é algo que precisa ser escrito para configurar algo. Mas recebe essa informação como algo que não funciona para o leitor e apenas isso. Se começares a corrigir para este ou aquele leitor, estarás a escrever a história deles e não a tua. 

Regras para escritores:

1. Tens que escrever. Se não escreveres nada acontecerá.

2. Tens que terminar o que escreves. 

3. Depois de terminares, tens que enviá-la ao mundo para alguém que possa publicá-la. 

4. Quando voltar, que provavelmente irá voltar, tens que a enviar novamente. Continua até a conseguires publicar. 

5. Começa a escrever a próxima história. Continua. 

Se perguntares a Neil Gaiman o que deves fazer para seres um escritor, a resposta será esta: “deves escrever” e “deves terminar as coisas” e se não tens nada para dizer “vai lá para fora, para o mundo”. Ler é fantástico. Lê tudo o que puderes. Escreve tudo o que puderes. Mas viva muito, porque tudo o que acontece na vida vai acabar na ficção. Vais precisar de todos os seres humanos que já conheceste. Vais precisar de tudo aquilo que vês, porque um dia vais escrever uma história. 

quarta-feira, 23 de outubro de 2024

Isto foi o que aprendi com a masterclass de Michael Lewis

 
No mês passado inscrevi-me no site da Masterclass para devorar tudo o que tivesse haver com escrita. Decidi começar pela aula de Michael Lewis “Tell a Great Story”. E isto foi o que eu aprendi.

- Se não te divertires a escrever, ninguém se vai divertir a ler. 

-Usa a tua própria experiência para encontrar boas histórias. 

-Tem uma personagem que queiras seguir. 

- Se tiveres problemas em começar a escrever, escreve para alguém que ames, como por exemplo, uma carta para a tua mãe. 

- Lê o teu trabalho em voz alta para descobrires os erros.

- Sê curioso sobre os teus personagens. 

- Desacelera a ação na página. 

- Descobre o teu inicio e fim da história antes de começares a escrever.

- As personagens ficam melhores quanto mais em risco elas ficam. 

- Dá a cada personagem a sua própria voz. 

- Presta atenção ao que as pessoas fazem e reagem em diferentes situações. 

Como escrever, segundo Michael Lewis:

- Escreve em pequenas cenas.

- Pergunta a ti mesmo(a): “Estás pronto(a) para escrever isto?”. Há temas que simplesmente são mais delicados que outros. 

- Cria um ambiente para escrever, como fotos de familia que te podem pôr na disposição de escrever.

- Cria um espaço privado para escrever. 

- Minimiza as distrações.

- Cria uma playlist diferente para cada livro.

Rotina de escrita, segundo Michael Lewis:

- Mantém-te relaxado.

- Escreve no inicio e no fim do dia.

- Não te levantes até teres 1.000 palavras.

- Escreve em cafeína e edita em vinho.

- Edita de bom humor.

- Tenta parar antes de teres acabado as tuas ideias todas.

Como acabar uma história, segundo Michael Lewis:

- Saber o fim da história ajuda a escrevê-la.

- Saber o que acontece com as personagens no final da história ajuda a imaginar o que fizeram antes e a guiar-nos durante a história. 

- Saber o fim da história ajuda a deixar pistas durante a história que criam interesse e tensão.

O melhor conselho de Michael Lewis para quem quer escrever:

“Põe o rabo na cadeira” (“Put your ass in the chair”)

Curiosidades Fascinantes sobre Dan Brown que talvez não conheças

Quando falamos de thrillers eletrizantes que misturam história, arte, religião e ciência , o nome Dan Brown vem imediatamente à mente. O aut...