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sexta-feira, 29 de agosto de 2025

Café Pumpkin Spicy - Romance, segredos e novos começos em Dream Harbor

Capa do livro Café Pumpkin Spicy

 Sinopse do livro Café Pumpkin Spicy

O romance Café Pumpkin Spicy transporta-nos para a pacata aldeia de Dream Harbor, onde a vida parece correr devagar, mas os corações batem com intensidade.

A história acompanha Logan, um homem marcado por traumas de abandono que luta para se recompor emocionalmente, e Jeanie, uma mulher que decide deixar para trás a sua vida antiga. Exausta do ritmo de trabalho que a consumia, Jeanie teme acabar sozinha e infeliz, e encontra refúgio no café da sua tia Dot, no coração da aldeia. 

Contudo, num lugar pequeno, os segredos e boatos espalham-se depressa. Os amigos de Logan, protetores por natureza, não vêem com bons olhos a presença de Jeanie, acreditando que ela pode magoar quem já sofreu demais. Entre desconfianças e obstáculos, o recomeço de Jeanie é posto em causa quando alguém começa a sabotar o seu trabalho no café. A grande surpresa é que o inimigo está mais perto do que ela imagina.

Apesar das dificuldades, tanto Logan como Jeanie descobrem a força de enfrentar os seus medos. No final, os dois encontram no amor a vida que sempre sonharam. 

A minha opinião sobre Café Pumpkin Spicy

“Um romance passado numa aldeia entre Logan e Jeanie. Um homem com traumas de abandono e uma mulher que foge da sua vida antiga por ter medo de vir a morrer sozinha caso continue a trabalhar como tem vindo a trabalhar nos últimos anos. Mas há um problema. Numa aldeia tão pequena toda a gente conhece a história de Logan e rapidamente os amigos tornam-se protetores dele. Jeanie a tentar iniciar a sua vida no café da sua tia Dot fica complicado quando querem sabotar o seu trabalho, para ela ir embora de Dream Harbor. Mas no final, quem está a sabotar afinal é quem ela menos espera e novos amores aparecem. Logan e Jeanie superam os seus problemas e começam uma relação de amor que sempre foi a que cada um tinha sonhado para si.”

Análise crítica: forças e fragilidades da narrativa

O livro Café Pumpkin Spicy mistura elementos de romance contemporâneo com a atmosfera acolhedora das pequenas comunidades rurais, onde a proximidade entre vizinhos é tanto um conforto como um obstáculo. 

O ponto forte da narrativa é a forma como trabalha questões emocionais universais: o medo do abandono, a solidão, a necessidade de recomeçar e a procura de um amor verdadeiro. A construção de Logan é sólida e convincente — a sua dor torna-o humano, e a resistência inicial à relação com Jeanie dá profundidade ao enredo.

Por outro lado, o livro utiliza alguns clichês típicos do género (a comunidade que se intromete, o romance que floresce após muitos obstáculos, o “vilão” inesperado), o que pode retirar alguma originalidade à trama. Ainda assim, o carisma das personagens e o ambiente acolhedor de Dream Harbor compensam, tornando a leitura leve e envolvente. 

Em termos de estilo, a escrita acessível, direta e envolvente, ideal para quem procura um romance de conforto (cozy romance), com personagens que enfrentam dores reais mas encontram esperança no amor e na comunidade. 

Conclusão 

Café Pumpkin Spicy é um romance que combina emoção, recomeços e a magia de pequenas comunidades. Perfeito para leitores que gostam de histórias de superação, segredos familiares e finais felizes, é uma leitura que aquece o coração e nos faz acreditar que o amor pode surgir onde menos esperamos. 


terça-feira, 19 de agosto de 2025

Resenha do Livro “Verity” de Colleen Hoover - Um Thriller Disfarçado de Romance?

Capa do livro “Verity” de Colleen Hoover

Início da leitura:
03 de Agosto de 2025

Fim da leitura: 05 de Agosto de 2025

Rating: ★★★★

Verity - Sinopse do Livro

Verity um dos livros mais comentados de Colleen Hoover, conhecido por misturar romance, suspense e cenas intensas de erotismo psicológico. 

A história segue Lowen Ashleigh, uma escritora com dificuldades financeiras que recebe uma proposta irrecusável: terminar a série de livros de uma autora famosa, Verity Crawford, que sofreu um acidente e está incapacitada. Para isso, Lowen muda-se temporariamente para a casa dos Crawford, onde começa a investigar os manuscritos e notas da autora original. 

No meio da pesquisa, Lowen encontra um manuscrito nunca publicado — uma autobiografia de Verity repleta de confissões perturbadoras, chocantes…e cenas de sexo intensas e obscuras. A cada página, Lowen mergulha mais fundo num passado sombrio e começa a desconfiar que há algo terrivelmente errado naquela casa — e naquele casamento.

O que é verdade? O que é ficção? E até onde alguém pode ir para proteger os seus segredos?

Opinião Crítica: Li Romance, Mas Mais Me Pareceu um Thriller

Quando comecei a ler Verity, estava à espera de um típico romance com um toque de mistério. Mas o que encontrei foi um verdadeiro thriller psicológico, com uma tensão crescente, cenas explícitas e um desconforto que só aumentava. 

O sexo, meu deus! Cada vez que Lowen lia o manuscrito, eu própria queria atirar o livro contra a parede. É explícito, por vezes doentio, e desconcertante. E é isso que o torna tão poderoso: faz-nos sentir algo — nem sempre agradável, mas sempre intenso.”

Apesar do desconforto, a leitura foi viciante: terminei o livro num sopro. Estava sempre a dizer “só mais um capítulo”. A narrativa está bem construída, com cliffhangers atrás de cliffhangers, que é praticamente impossível largar o livro. 

O Final: Plot Twist ou Manipulação?

Agora…o final.

Foi daqueles que te faz voltar páginas, reler frases e perguntar: “Como? Porquê?”

Há algo que não encaixa na minha cabeça. Se ele já sabia da existência do manuscrito, se conhecia a história toda, porque agiu como se tivesse a descobrir tudo quando a Lowen lho entrega?

É aqui que a crítica aperta. Será que ele fingiu surpresa só para se proteger? Quis garantir uma testemunha (Lowen) que validasse a sua decisão final? Ou será que nunca leu realmente o manuscrito, apenas sabia que existia?

Estas questões em aberto são, para alguns leitores, o charme do livro. Para mim, deixaram uma ligeira frustração. Queria respostas claras. Uma confirmação do que era verdade e do que era invenção. Mas Colleen Hoover prefere deixar-nos no limbo — o que, admito, também tem a sua genialidade. 

Veredito Final: 4 Estrelas — Porque Não Consigo Tirar o Livro da Cabeça 

Apesar das dúvidas e do final que me deixou inquieta, dou 4 estrelas a Verity. Não dou 5 apenas porque preciso de respostas que não vieram.

Mas não há como negar: é um livro forte, bem escrito, provocador e intensamente viciante.

Se procuras um romance tranquilo, esquece. Mas se gostas de psicodrama, mistério, tensão sexual e perguntas desconfortáveis, então este livro é para ti. 

terça-feira, 12 de agosto de 2025

Resenha do Livro “Carrie” de Stephen King (SPOILER)

”Carrie” de Stephen King

Início da leitura:
25 de Julho de 2025

Fim da leitura: 03 de Agosto de 2025

Rating: ★★.5

Carrie, de Stephen King: O terror da adolescência e o poder da mente

Lançado em 1974, Carrie foi o primeiro romance publicado de Stephen King e rapidamente se tornou um marco da literatura de terror. Combinando sobrenatural, crítica social e horror psicológico, King introduziu ao mundo a personagem inesquecível de Carrie White, uma adolescente marginalizada que descobre possuir poderes de telecinesia. Neste artigo, vamos explorar a sinopse, os principais temas do livro e a nossa opinião crítica, com destaque para o papel da telecinesia na narrativa. 

Sinopse:

Carrie White é uma adolescente tímida, constantemente humilhada pelos colegas e reprimida pela sua mãe ultra-religiosa, Margaret White. Desde a infância, Carrie mostra sinais de possuir um dom estranho: consegue mover objetos com a mente. No entanto, esse dom é suprimido, tal como a sua identidade. 

Após um episódio humilhante no balneário da escola, Carrie torna-se alvo de chacota. Como forma de se redimir, uma das colegas, Sue Snell, convence o namorado, Tommy Ross, a convidar Carrie para o baile de finalistas. O que começa como uma tentativa de bondade transforma-se rapidamente num pesadelo, quando uma brincadeira cruel desencadeia a fúria de Carrie — e os seus poderes incontroláveis. O que se segue é uma sequência devastadora de vingança e destruição. 

Opinião pessoal: 

Foi a primeira vez que li um livro de Stephen King. Ao longo do livro por vezes ficava confusa qual a personagem que estava a falar. Tinha que recuar e ter atenção aos nomes das personagens para entender. E os pensamentos de Carrie ao longo do livro entre parênteses fez-me perder o fio de pensamento da história. Ainda assim dá para entender que Carrie teve uma educação extremamente católica e fanática. A mãe castigava-a várias vezes dentro de um armário e com rezas. Aos 16 anos Carrie tem a sua primeira menstruação no balneário das raparigas ao fim da aula de educação física e ela é humilhada pelos colegas. A mãe castigou-a por pensar que ela era má, pois só as meninas más sangravam e tinham mamas (almofadassujas, era o que lhe chamava). Uma visão da vida completamente retrógrada. Sue Snell ficou com pena de Carrie e pede ao namorado Tommy (se não errei o nome) para a levar ao baile de finalistas. Carrie e Tommy acabam por se tornarem Rei e Rainha do baile e os colegas deixam baldes com sangue de porco pendurados por cima das poltronas. E caem em cima deles assim que são eleitos. Carrie demora a abrir os olhos e quando repara que mais uma vez todos se estão a rir dela, usa os seus poderes de telecinesia e fecha as portas do ginásio, abre os aspersores de água e usa os cabos elétricos para pegar fogo a tudo e todos. Acabou por arder o liceu, bombas de gasolina, cafés, e tudo à volta, incluindo a casa de Carrie White. Mata a própria mãe que a fere com uma faca e procura vingança até cair morta num parque de estacionamento. Mas vingada.

 A Telecinesia como metáfora e motor narrativo

O elemento mais marcante de Carrie é o uso de telecinesia como uma metáfora poderosa. Carrie não é apenas uma rapariga com poderes sobrenaturais — ela representa o impacto da repressão emocional, do isolamento social e da violência psicológica.

A telecinesia em Carrie simboliza a raiva acumulada, a explosão de anos de abuso e negligência. É o grito silencioso que se transforma em fúria. Stephen King utiliza este elemento com mestria para amplificar o horror, não através de monstros ou fantasmas, mas com a realidade crua da adolescência e da dor emocional. 

Além disso, o autor constrói a narrativa de forma fragmentada, intercalando excertos de entrevistas, relatórios e testemunhos, o que dá à obra um tom quase documental, intensificando o suspense. 

Opinião crítica: Um retrato cruel e necessário 

Carrie é muito mais que um romance de terror. É uma crítica social feroz ao fanatismo religioso, ao sistema educativo que falha os mais vulneráveis, e ao buylling juvenil. O realismo psicológico da personagem principal torna impossível não sentir empatia por ela, mesmo quando as suas ações se tornam destrutivas. 

O estilo de escrita de Stephen King é acessível, mas carregado de tensão emocional. A construção gradual do clímax, aliada ao talento do autor para criar atmosferas inquietastes, torna a leitura hipnótica e, ao mesmo tempo, desconfortável. 

O livro levanta também questões morais importantes: até que ponto a sociedade é culpada por criar os monstros que teme?

Conclusão 

Carrie é um clássico que permanece atual. É um retrato angustiante do poder e da dor, da solidão e da vingança. A telecinesia, longe de ser apenas um elemento fantástico, transforma-se num elemento de emancipação (ainda que trágica). Stephen King estreia-se nesta obra com uma história arrebatadora, que continua a ressoar com leitores de todas as gerações. 

Vê mais sobre o autor Stephen King aqui:

Stephen King Writing Advice

Rotina de escrita de Stephen King

Curiosidades sobre Stephen King


terça-feira, 29 de julho de 2025

Resenha do livro “O Retrato de Dorian Gray” de Oscar Wilde

Capa do livro “O Retrato de Dorian Gray” de Oscar Wilde

Início da leitura:
14 de Julho de 2025

Fim da leitura: 24 de Julho de 2025

Rating: ★★★★★

Sinopse do Livro:

Publicado pela primeira vez em 1890, O Retrato de Dorian Gray é a única obra de ficção longa de Oscar Wilde e tornou-se um marco incontornável da literatura gótica e filosófica. A história gira em torno de Dorian Gray, um jovem londrino de beleza estonteante que deseja permanecer eternamente jovem. O seu desejo é atendido de forma misteriosa: enquanto ele continua com o rosto imaculado, é o seu retrato — pintado por Basil Hallward — que envelhece e carrega as marcas dos seus pecados. 

À medida que Dorian se entrega a uma vida de hedonismo, manipulação e vícios, o retrato vai-se tornando cada vez mais grotesco, refletindo a verdadeira decadência da sua alma. No final, consumido pela culpa e pelo medo do que se tornou, Dorian decide destruir o retrato…e encontra a sua própria destruição. 

Opinião Pessoal:

Nunca tinha lido nada deste autor e não podia estar mais satisfeita. Um livro escrito de forma poética, inteligente e um assunto muito real. Dorian Gray é obcecado pela sua própria beleza. E consegue eternizá-la através do quadro que Basil fez de si. Mas, rapidamente o quadro começa a ser alterado à medida que Dorian Gray começa a pecar. Mulheres suicidam-se por se apaixonarem por ele. Amigos deles caem na ruína.

Mais tarde Dorian arrepende-se muito do que tinha feito e fica obcecado pelo retrato de si fechado no sótão de sua casa. Ao querer acabar com aquele retrato horrível do que ele acreditava ser a sua verdadeira alma, esfaqueia-o, e acaba por morrer.

O livro fala de forma muito subtil da homosexualidade e da admiração entre homens. E tenho que admitir: adorei, adorei, adorei ler este livro! 

 A leitura de O Retrato de Dorian Gray foi uma surpresa extraordinária. A escrita de Oscar Wilde é absolutamente brilhante — poética, elegante, e, ao mesmo tempo, profundamente crítica. Wilde consegue explorar temas eternos como a vaidade, o medo da morte, a decadência moral e o fascínio pelo belo, tudo envolto num enredo sombrio, quase mitológico. A obsessão de Dorian pela juventude e o desprezo pelas consequências dos seus atos tornam-no numa figura trágica, quase intemporal. 

A Crítica ao Hedonismo e à Estética Superficial

Ao longo do livro, Wilde faz uma crítica mordaz à sociedade vitoriana e ao culto da beleza. A personagem de Lord Henry, que influencia Dorian com ideias niilistas e hedonistas, representa uma filosofia perigosa de viver apenas pelo prazer, sem empatia nem responsabilidade. Dorian é, ao mesmo tempo, vítima e símbolo dessa filosofia. 

O quadro envelhecido e deformado funciona como um espelho da alma — uma metáfora poderosa da dualidade entre aparência e essência. Ao tentar esconder o retrato, Dorian tenta esconder-se de si próprio. 

A Homossexualidade no Subtexto e Romance

É impossível ignorar o subtexto homoerótico presente no romance. A relação entre Basil e Dorian, marcada por uma admiração quase devocional, e os diálogos entre Dorian e Lord Henry, carregados de fascínio e sedução intelectual, revelam muito sobre a visão de Wilde — e sobre o que não se podia ser dito explicitamente na época.

Num tempo em que a homossexualidade era crime e tabu, Wilde escreve com subtileza, mas também com coragem. O Retrato de Dorian Gray é, em muitos sentidos, uma obra à frente do seu tempo, ousando sugerir que o amor e o desejo entre homens existem — e têm direito de existir — mesmo que camuflados pela censura moral da época. 

Uma Leitura que Continua Atual

Apesar de ter sido escrito em 1890, este livro continua atual. A obsessão com a juventude e a aparência física está mais vida do que nunca na era das redes sociais. A mensagem de Wilde, disfarçada de romance gótico, é um alerta profundo sobre as consequências de viver apenas para agradar aos sentidos e ignorar a consciência. 

Conclusão 

Se nunca leste O Retrato de Dorian Gray, recomendo vivamente que o faças. É um clássico por uma razão: é belo, é perturbador, e é genial. Oscar Wilde mostra-nos que, por detrás uma prosa elegante, podem esconder-se críticas ferozes à sociedade, à moralidade imposta e à repressão do desejo.

Segue o blog Caneta da Fénix para mais sugestões de leitura e reflexões literárias. 

sexta-feira, 18 de julho de 2025

Resenha do Livro “Hábitos Atómicos: Pequenas Mudanças, Resultados Extraordinários”

capa do livro Hábitos Atómicos de James Clear

Início da leitura:
06 de Julho de 2025

Fim da leitura: 14 de Julho de 2025

Rating: ★★★★★

Sobre o Livro

O Hábitos Atómicos de James Clear é um dos livros mais recomendados no mundo do desenvolvimento pessoal — e com razão! Neste best-seller internacional, o autor revela como pequenas alterações diárias podem produzir resultados extraordinários a longo prazo. Através de métodos simples e práticos, James Clear ensina como criar bons hábitos, eliminar os maus e transformar a tua vida de forma sustentável. 

O que aprendes com este livro?

  • Como construir hábitos positivos com o método dos 4 passos;
  • Estratégias para manter a motivação a longo prazo;
  • A importância do efeito cumulativo das pequenas ações;
  • Como usar o ambiente a teu favor para tornar os hábitos automáticos;
  • Ferramentas práticas para superar a procrastinação e melhorar a produtividade.

Pontos Positivos

  • Linguagem simples e objetiva;
  • Exemplos reais e aplicáveis no dia a dia;
  • Ótimo para quem quer melhorar a produtividade pessoal e profissional;
  • Excelente recurso para criar rotinas saudáveis e eficazes.

A minha opinião:

Este livro de fácil leitura apresenta 4 leis para se conseguir criar pequenas rotinas diárias que nos ajudarão a ser 1% melhor ao longo do tempo. São elas: 1a Lei: Torne-o Claro; 2a Lei: Torne-o Atraente;
3a Lei: Torne-o Fácil e 4a Lei: Torne-o Satisfatório. 
Por exemplo, na 1a Lei: Torne-o Claro, podemos criar pistas visuais e ambientais para nos lembrarmos do hábito, como por exemplo, deixar um livro na mesa de cabeceira para ler antes de ir dormir. 
Na 2a Lei: Torna-o Atraente, podemos associar o hábito a algo que gostes, para o tornar mais apelativo, por exemplo, ouvir a tua música favorita enquanto fazes exercício. 
Na 3a Lei: Torna-o Fácil, focamo-nos em começar com pequenas passos, reduzindo a resistência. Fazer 5 minutos de treino em vez de 30 para criar consistência. 
Na 4a Lei: Torna-o Satisfatório, dá uma recompensa imediata após concluires o hábito para reforçar o comportamento. Por exemplo, riscar a tarefa de uma lista, sentir o progresso. 
Assim como estas quatro leis podem ajudar-te a criar hábitos positivos, também podem funcionar ao contrário para eliminar maus hábitos, tornando-os invisíveis, pouco atrativos, difíceis e insatisfatórios. 

E tu? Já leste este livro? O que achaste? Conta-me tudo nos comentários!

sexta-feira, 11 de julho de 2025

Resenha do livro “Os Filhos da Droga” de Christiane F.

Capa do livro “Os Filhos da Droga” de Christiane F.
Início da leitura: 03 de Junho de 2025

Fim da leitura: 06 de Julho de 2025

Rating: ★★★★.5

Sinopse do Livro:

Este testemunho impressionante tem tido um impacto imenso por todo o mundo desde que foi publicado pela primeira vez. O relato desta adolescente sensível e inteligente, que menos de dois anos após ter fumado o primeiro “charro” se prostitui depois das aulas para pagar a sua dose diária de heroína, e o pungente testemunho da sua mãe fazem Os Filhos da Droga um livro sem paralelo. Estas páginas ensinam-nos muito, não apenas sobre droga e o desespero, mas também sobre a deterioração do mundo de hoje. 

Opinião Crítica:

O livro Os Filhos da Droga é um relato brutal, cru e profundamente comovente sobre a adolescência mergulhada na toxicodependência e na marginalidade. Foi publicado pela primeira vez em 1978 e resulta de uma longa entrevista com, uma jovem alemã que, aos 13/14 anos, começou a consumir heroína e se prostituía para sustentar o vício.

Este não é um romance com floreios ou finais felizes. A linguagem é direta, muitas vezes dura, e expõe sem filtros a realidade do vício — não só a degradação física, mas também emocional e social. É um testemunho que incomoda e obriga-nos a confrontar verdades desconfortáveis sobre a juventude e abandono familiar, a falência dos sistemas sociais e a facilidade com que se entra num ciclo de destruição. 

O valor literário do livro reside menos na sua escrita e mais na força do conteúdo: é real, urgente e necessário. Ao mesmo tempo, não podemos ignorar que o livro levanta questões éticas — a espetacularização da dor, a romantização involuntária do submundo e a forma como o testemunho de Christiane foi explorado pelos media. 

Ainda assim, é um livro incontornável para quem procura compreender o impacto das drogas na adolescência, não apenas como fenómeno individual, mas como reflexo de uma sociedade que falha sistematicamente os seus jovens. 

Interpretação do Livro: (SPOILER)

Christiane ao início apenas se quer sentir incluída no mundo onde está. Começa por experimentar drogas como haxixe, mas rapidamente escala para a heroína e fica dependente dela. Aí começa a roleta russa de mentiras, manipulações, sexo e dinheiro para comprar a bem dita droga. Tudo passa a girar em volta da H (heroína). Tenta ainda assim várias vezes livrar-se do vício mas sempre sem sucesso. 

Os hospitais e casas próprias para tratamento também não querem ajudar, mas vez que Christiane apenas tem 14/15 anos. Vários são os amigos de Christiane que morrem do vício da heroína da mesma idade que ela. A mãe de Christiane desesperada acaba por a pôr num avião para casa da família na outra parte da Alemanha onde ela acaba por ficar e se livrar da heroína. Ou pelo menos assim pareceu… 

terça-feira, 17 de junho de 2025

Resenha: O Casamento da Criada - Freida McFadden fecha o ciclo com suspense e reviravoltas

Capa do livro O Casamento da Criada

Início da leitura:
29 de Maio de 2025

Fim da leitura: 03 de Junho de 2025

Rating: ★★☆☆☆

Se és fã dos thrillers psicológicos de Freida McFadden, especialmente da trilogia A Criada, então O Casamento da Criada é leitura obrigatória. Este conto curto dá continuidade à história de Millie Calloway, mantendo o ritmo tenso e os elementos imprevisíveis que marcaram os anteriores. 

Um final à altura: tensão até ao altar

Era óbvio que algo ia correr mal — estamos a falar de Millie. Desde o início, percebe-se que o seu passado não ficou totalmente resolvido. E claro, como seria de esperar, há alguém a persegui-la. A autora não perde tempo em criar esse clima de inquietação que nos prende do início ao fim. 

O dia do seu casamento que deveria ser perfeito, transforma-se num verdadeiro caos: 

👰 O vestido não serve,

👪 Os pais estão ausentes,

💁 E ela precisa pedir a uma outra pessoa para ser testemunha. 

Freida McFadden consegue, mais uma vez, envolver-nos num cenário aparentemente simples, mas recheado de tensão psicológica e detalhes inquietantes. 

Narrativa envolvente — agora com Enzo!

Um dos pontos altos desta história é termos, finalmente, um vislumbre da mente de Enzo. Ler a narrativa pela sua perspectiva traz uma nova camada à história e torna tudo mais pessoal. Foi ótimo conhecer melhor este personagem que, até então, era visto apenas pelos olhos de Millie. 

Curto, mas eficaz

Apesar de ser um conto mais curto que os livros anteriores, O Casamento da Criada não deixa nada a desejar. É uma leitura rápida, mas que faz todo o sentido dentro do universo da série. Ainda assim, fiquei um pouco desiludida pela atitude dos pais de Millie. A autora poderia ter prolongado mais a história ao haver um confronto pessoal entre Millie e os seus pais, ainda assim as suas atitudes fizeram bastante sentido do que se era de esperar. Acabou por ser um encerramento agridoce, cheio de simbolismo e, claro, com aquele suspense que já se espera da autora. Ainda assim, foi o meu menos favorito dos livros da A Criada.

sexta-feira, 13 de junho de 2025

Resenha: A Criada Está a Ver de Freida McFadden

Capa do livro A Criada Está a Ver
Início da leitura: 09 de Maio de 2025

Fim da leitura: 28 de Maio de 2025

Rating: ★★★★☆

Se és fã de thrillers psicológicos cheios de reviravoltas, segredos familiares e personagens enigmáticas, então A Criada Está a Ver de Freida McFadden vai prender-te da primeira à última página. Este é o terceiro volume da série A Criada (The Housemaid Series), e apesar de Millie não ser a instigadora direta dos acontecimentos, tudo gira à sua volta — como sempre. 

Resumo do Livro

Em A Criada Está a Ver, reencontramos Millie Calloway já num contexto mais estabilizado, agora casada com Enzo e mãe de dois filhos: Ada e Nico. Mas a paz é apenas aparente. Cada membro da família guarda um segredo sombrio que ameaça destruir tudo. 

A chegada de Martha, a nova empregada, parece inofensiva… até que descobrimos que ela conhece Millie há muitos anos. E não dá início a uma teia de coincidências e acontecimentos que nos fazem questionar: até que ponto o passado pode realmente ficar enterrado?

Opinião Pessoal

Simplesmente adorei este livro! Freida McFadden soube fechar a trilogia com chave de ouro. Neste volume, Millie não é a culpada, mas continua a ser o centro de tudo — direta ou indiretamente. 

A construção dos segredos dos filhos, Ada e Nico, e até mesmo do próprio Enzo, é feita com maestria. E quando pensamos que sabemos tudo…boom, mais uma reviravolta. A revelação sobre Martha — que afinal não era uma mera obcecada, mas alguém do passado — foi simplesmente brilhante. 

É fascinante como a autora faz com que tudo se cruze e, no fim, percebemos que o mundo é mesmo pequeno. Uma leitura viciante, com o selo de qualidade Freida McFadden. 

A Criada Está a Ver é um final digno de uma das trilogias de suspense mais lidas dos últimos tempos. Freida McFadden entrega tudo o que os fãs esperam — e ainda mais. Um livro que confirma o talento da autora para criar narrativas envolventes, cheias de tensão, e personagens inesquecíveis. 


sexta-feira, 30 de maio de 2025

O Segredo da Criada - Um Thriller Psicológico de Tensão e Mentiras

Capa do livro O Segredo da Criada

Data de início:
03 de Maio de 2025

Data de fim: 09 de Maio de 2025

Rating:★★★★☆

Depois do enorme sucesso de A Criada, a autora regressa com uma sequela ainda mais viciante: O Segredo da Criada. Neste segundo volume, reencontramos Millie, agora mais madura, mas ainda perseguida pelos seus traumas do passado e envolvida em novos jogos perigosos onde nada é o que parece. Foi sem dúvida, um livro viciante para mim!

Resumo (sem spoilers):

Após os acontecimentos tensos em A Criada, Millie tenta recomeçar a sua vida, determinada a não repetir os erros do passado. Consegue um novo emprego como governanta numa casa aparentemente perfeita, mas logo percebe que os segredos ali escondidos são mais sombrios do que qualquer coisa que tenha enfrentado antes.

Há novas personagens enigmáticas, um casal misterioso com comportamentos estranhos e uma atmosfera cada vez mais sufocante. Millie vê-se de novo envolvida numa teia de mentiras, manipulação e perigo - mas desta vez, ela está mais preparada…ou assim pensa. 

Opinião Pessoal:

Para mim, O Segredo da Criada consegue o raro feito de ser ainda mais intenso e imprevisível que o primeiro livro. A escrita continua fluida e cinematográfica, e a autora conduz-nos por um labirinto psicológico cheio de pistas falsas e viragens chocantes. 

Millie evoluiu como personagem - continua empática e imperfeita, mas agora carrega cicatrizes que a tornam mais forte e estratégica. O final é explosivo, com uma reviravolta que me deixou de queixo caído.

Este livro é ideal para quem procura um thriller doméstico cheio de tensão, com uma protagonista complexa e um enredo que prende do início ao fim. 

Se adoraste A Criada, O Segredo da Criada é uma sequela imperdível. Traz mais profundidade à protagonista, aumenta o mistério e entrega um desfecho que vale cada página. Leitura perfeita para os amantes de thrillers intensos e inteligentes. 

Onde comprar (Link Afiliado)

 https://www.bertrand.pt/livro/o-segredo-da-criada-freida-mcfadden/29174903?a_aid=66a7581851914

sexta-feira, 23 de maio de 2025

A Criada de Freida McFadden - Um Thriller Viciante que Não Vais Conseguir Largar

A Criada de Freida McFadden

Data de início:
22 de Abril de 2025

Data de fim: 03 de Maio de 2025

Rating: ★★★★.5

Se procuras um thriller psicológico arrebatador, com reviravoltas inesperadas e uma narrativa viciante, A Criada  de Freida McFadden é a leitura perfeita para ti. Este bestseller internacional conquistou milhares de leitores com o seu ritmo frenético, personagens intrigantes e um final de cortar a respiração. Mas será que vale mesmo a pena?

Sinopse resumida (sem spoilers)

Millie, uma jovem sem perspectivas e desesperada por um recomeço, aceita um emprego como criada na mansão de Nina Winchester. À primeira vista, a oferta parece um milagre: um quarto confortável, refeições incluídas e um salário atrativo. Mas rapidamente percebe que por trás das paredes daquela casa luxuosa esconde-se um ambiente inquietante, repleto de segredos sombrios. E quando a linha entre o que é certo e errado começa a esbater-se, Millie vê-se presa num jogo perigoso. 

O que torna A Criada tão envolvente?

  • Narrativa em primeira pessoa que cria uma ligação imediata com a protagonista, fazendo o leitor sentir-se dentro da história.
  • Capítulos curtos e viciantes, com finais em suspenso que te obrigam a virar “só mais uma página”.
  • Atmosfera claustrofóbica, perfeita para quem adora thrillers intensos e psicológicos.
  • Reviravoltas imprevisíveis que desafiam as expectativas e mantém a tensão até à última linha. 

Vale a pena ler A Criada?

Sim, sem dúvida. A Criada é um page-turner brilhante, com a dose certa de suspense, mistério e emoção. Perfeito para leitores que adoram ser surpreendidos, este livro mostra porque razão Freida McFadden é uma das autoras mais faladas da atualidade. 
No início do livro odiava a Nina, não entendia como podia ser daquela maneira. Gostei logo do Enzo, a tentar desde o início avisar a Millie. Depois comecei a entender a Nina e a odiar o Andy… O desfecho do livro…esse? Fenomenal! Adorei! 
Se gostas de histórias com personagens moralmente ambíguas, mentiras bem escondidas e uma boa dose de manipulação psicológica, este livro é para ti. 

sexta-feira, 16 de maio de 2025

Lições de Grego de Han Kang - Um romance poético sobre linguagem, dor e renascimento

Lições de Grego de Han Kang

Data de início:
25 de Março de 2025

Data de fim: 22 de Abril de 2025

Rating: ★★★★

Se estás à procura de um livro profundamente introspectivo, delicado e que te faça refletir sobre a linguagem, a identidade e o sofrimento humano, Lições de Grego, de Han Kang, é uma leitura obrigatória. Esta obra da aclamada autora sul-coreana, vencedora do Man Brooker International Prize, mergulha na alma de três personagens marcados pela perda, pelo silêncio e pela tentativa de reconstrução interior através da linguagem - especialmente, através do grego antigo. 

Um livro sobre muito mais do que aprender grego

Apesar do título, Lições de Grego vai muito além de um curso de idiomas. Aqui, aprender grego antigo torna-se uma metáfora poderosa para reaprender a comunicar, a sentir e até a existir. Através da narrativa lírica e fragmentada, Han Kang convida o leitor a mergulhar numa experiência sensorial e emocional única.

Duas vozes, um silêncio profundo

O romance é narrado por duas personagens:

  • Uma mulher que perdeu a voz e procura no grego antigo um novo idioma para se expressar;
  • O professor de grego, que carrega a dor da perda da sua visão.
Han Kang usa uma escrita quase sussurrada para revelar os traumas e a beleza silenciosa que cada um carrega. É uma leitura lenta, por vezes densa, mas absolutamente recompensadora. 

Porque Lições de Grego merece estar na tua estante

  1. Estilo poético e introspectivo: Ideal para leitores que apreciam frases que parecem música e histórias que tocam a alma.
  2. Reflexões universais: Fala sobre perda, identidade, corpo e linguagem de forma profundamente humana.
  3. Tradução cuidadosa: A edição em português mantém a delicadeza do original e oferece notas sobre o grego antigo, enriquecendo a experiência. 

Lições de Grego é um daqueles livros que ficam contigo muito depois da última página. Não é uma leitura para ser devorado, mas sim um romance com profundidade emocional e sensorial, este é o livro ideal. E foi exatamente isso que eu fiz, li com calma e demorei o meu tempo com ele. Se gostas de leituras profundas, este livro é definitivamente para ti! 

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

“Impostora” de R.F. Kuang

Capa de livro

Início da leitura:
3 de Fevereiro de 2025

Fim da leitura: 17 de Fevereiro de 2025

Páginas: 321

Rating: ★★★★.5

A história deste livro segue June Hayward, uma escritora branca cuja carreira não teve tanto sucesso quanto a da Athena Liu, uma autora sino-americana que se tornou num fenómeno literário. Quando Athena morre inesperadamente, June vê a oportunidade de reivindicar a glória para si: ela rouba o manuscrito inédito da amiga e o publica sob um pseudónimo asiático, transformando-se na nova estrela da literatura. 

É uma narrativa repleta de crítica social, expondo o racismo estrutural e as dinâmicas de poder na indústria do livro. A protagonista é uma anti-heroína cativante e a sua jornada é tão repulsiva quanto fascinante. A autora usa a sátira e o humor negro para questionar até que ponto alguém pode ir para alcançar o sucesso - e até onde a sociedade permite que isso aconteça. 

Este livro possui uma escrita envolvente e os dilemas morais do livro geram uma leitura inquietante. Impostora é uma obra necessária para quem gosta de narrativas que desafiam convenções e nos fazem refletir sobre as injustiças do mundo literário e além. 

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

“1984” de George Orwell

Livro 1984 de George Orwell

Início da leitura:
22 de Janeiro de 2025

Fim da leitura: 03 de Fevereiro de 2025

Rating:★★.5

Páginas: 293

 O livro foi publicado em 1949, 1984 é um dos romances distópicos mais influentes de todos os tempos. A obra apresenta um futuro sombrio onde a liberdade individual é esmagada por um regime totalitário opressor, liderado pela figura do Grande Irmão. 

A história segue Winston Smith, um funcionário do Partido que trabalha no Ministério da Verdade, onde a sua função é reescrever registos históricos para se alinharem à narrativa oficial do governo. No mundo de 1984, a vigilância é constante, com telecrãs espalhados por toda a parte e a Polícia do Pensamento punindo qualquer forma de discordância. Palavras são controladas através da Novilíngua, uma língua criada para restringir o pensamento e impedir qualquer questionamento ao regime. 

Apesar de viver sob repressão, Winston começa a nutrir pensamentos rebeldes e inicia um relacionamento proibido com Julia, uma jovem que também desafia, em segredo, a autoridade do Partido. Juntos, eles acreditam que podem resistir ao sistema, mas logo percebem que a luta contra um governo que controla até mesmo a realidade é quase impossível. 

O livro é uma reflexão profunda sobre vigilância, manipulação da verdade, controle do pensamento e perda da individualidade. Orwell alerta para os perigos de governos autoritários e mostra como a linguagem, a propaganda e o medo podem ser usados como ferramentas de dominação. 

O final da história é impactante e deixou-me com uma sensação de impotência diante a tirania do Grande Irmão. 1984 continua relevante até hoje, sendo constantemente citado em debates sobre controle social, desinformação e abuso de poder. É uma leitura essencial para quem quer entender os perigos da censura e da manipulação ideológica. 

No entanto, este género de livro não faz muito o meu género, ainda assim, não quero morrer ignorante, por isso, claro que tive que o ler, após ter ouvido falar tanto dele ao longo dos anos. 

E se por acaso ficaste curioso(a) em ler, compra o livro no link abaixo ⬇

1984 de George Orwell

terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

“A Metamorfose” de Franz Kafka

Resenha do livro “A Metamorfose” de Franz Kafka

Início da leitura:
20 de Janeiro de 2025

Fim da leitura: 22 de Janeiro de 2025

Rating: ★★

É um livro pequenino de leitura fácil. No início do livro percebe-se que Gregor, a personagem principal do livro, é o sustento da família Samsa. Mas, assim que este acorda como um insecto, tudo muda. O patrão vem à sua procura e acaba por se revelar insecto a ele e a toda a sua família, que acaba por o fechar no quarto com medo dele. No entanto, como mais ninguém na família trabalha, acabam por recorrer às suas poupanças. Após seis meses da sua metamorfose, o pai acaba por arranjar trabalho num banco, a mãe já faz uns trabalhos e a pequena Greta também estuda e encontra um trabalho bom para si. Acabam por desprezar Gregor pelo infortúnio do seu destino e este acaba por morrer à fome. 

É uma visão sobre a nossa sociedade, que muitas vezes há pessoas a viver às custas do trabalho dos outros quando na verdade podiam muito bem ir trabalhar. 

terça-feira, 28 de janeiro de 2025

”As Três Vidas” de João Tordo

Capa do livro “as três vidas” de João Tordo

Início da leitura: 03 de Janeiro de 2025

Fim da leitura: 19 de Janeiro de 2025

Páginas: 472

Rating: ★★★★

Não sei porquê mas não me consigo lembrar do nome da personagem principal, aliás, duvido que apareça no livro até. Mas adiante, história bastante interessante e envolvente. Nunca tinha lido nada do autor, mas este livro prendeu-me desde a primeira página. Um homem que precisa de trabalho para poder sustentar a família, vai trabalhar para o meio do Alentejo numa casa de ricos. Mas rapidamente descobre que o seu trabalho é mais do que tratar de burocracias. Envolvendo-se nas vidas dos netos do seu patrão, de nome Milhouse Pascal e sempre com o fiel jardineiro Artur para o acompanhar acaba envolvido em problemas que o obrigam a morar uma temporada em Nova Iorque. Ficamos a conhecer mais sobre a arte de andar sob a corda bamba (funambulismo), algumas menções à Guerra Fria e aos métodos aplicados na altura para obter informações e como isso deu cabe da vida de muitos homens. O livro é escrito como um relato de um período de vida do narrador até ao dia em que a notícia sobre esta história saiu no jornal. Simplesmente fantástico! 


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As Três Vidas - João Tordo

sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

“Fomos Mais do que Um Erro” de Raul Minh’alma

“Fomos Mais do que Um Erro” de Raul Minh’alma

Início da leitura:
20 de Dezembro de 2024

Fim da leitura: 3 de Janeiro de 2025

Rating: ★★★

 Posso dizer que foi o primeiro livro deste autor que não me fez chorar no final do livro. Não sei se porque já antecipava um final do género ou não. Ainda assim, esta história acaba por nos mostrar que os nossos progenitores ditam muitas vezes as nossas inseguranças e falhas quando somos já adultos. Muitas vezes cometemos sempre os mesmos erros, na esperança de um dia sermos aceites. Não pelos outros, mas pelos nossos pais. Adotamos um comportamento para lhes chamar a atenção, quando na verdade, muitas das vezes o que fazemos nada lhes diz. 

Benedita, uma menina que foi abandonada pelo pai quando era ainda uma criança, aceitava o amor que achava que merecia dos homens, mesmo que fosse um amor que machucava. Porque assim, ao menos, tinha alguém que dizia que a amava e tinha medo que a deixassem tal como o pai fizera com ela. Ainda assim, na sua relação com Gaspar acabou por se valorizar e seguir em frente. 

Já com Pedro, apesar de ter sido um amor muito forte, Pedro dizia muitas vezes que não era a pessoa certa para ela, por ser como era devido ao seu padrasto e à educação que tivera. O que Benedita acabou por aceitar eventualmente. Mesmo insistindo sempre, e o autor repetiu muitas vezes este tema (vezes demais a meu ver), que Benedita insistia em ver sempre o melhor nas pessoas, o lado bom delas. 

Após o acidente, Benedita seguiu em frente e encontrou alguém que a entende, respeita e dá-lhe o amor que ela precisa. Mas a pergunta fica no ar… O que teria acontecido se não houvesse nenhum acidente? Ainda assim, será que Pedro aprendeu tudo o que tinha para aprender com Benedita agora que acordou? Quero acreditar que sim. As pessoas que passam pelas nossas vidas muitas vezes não vêm para ficar, mas sim, para nos ensinar algo que ainda não aprendemos. Foi o caso de Benedita e Pedro. E por isso, quero acreditar que vem daí o título “Fomos Mais do que Um Erro”. 


sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

Afinal quantos livros li este ano?

 Este ano comprometi-me a ler um pouco mais do tenho lido ao longos anos. Sempre foi algo que gostei de fazer, mas não tinha necessariamente o hábito de o fazer regularmente. Apesar de não ter conseguido ler todos os livros que planeei ler este ano, vou mostrar-vos quantos livros li.



Este ano segundo a aplicação até agora li 2.585 páginas, 7 livros em 114 dias do ano e o meu recorde de dias seguidos a ler, são 33 dias. 


sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

“Uma Pequena Vida” de Hanya Yanagihara

Capa de um livro

Data de início da leitura:
03 de Outubro de 2024

Data do fim da leitura: 19 de Dezembro de 2024

Rating: ★★★★

Já disse que leio muito lentamente? O maior livro que já li até hoje com quase 700 páginas. Apesar de ser grande, lê-se bastante bem. Por vezes temos que estar com atenção para saber que personagem está a falar. Jude é um rapaz que passou por muitas situações traumáticas na sua infância. Apesar de ter tido muito amor, mais tarde, pelas pessoas que lhe são mais próximas, não se conseguiu livrar do seu destino fatal. Logo, desde o início do livro que esperava este desfecho. Não me surpreendeu. No entanto, temos sempre a esperança que seja diferente. Willem acabou por ser quem mais o ajudou dos três amigos mais próximos. JB quem sempre os retratou com as suas obras de arte de arrepiar. No fim do livro é Harold que fala com pouco mais de 80 anos, e fala a Willem, que lhe conta o que Jude significava para si e a sua revolta por saber que Jude partiu achando que não era o suficiente para nada nem ninguém. 

Um livro que não é para toda a gente, mas que toda a gente devia ler. 

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“Uma Pequena Vida” de Hanya Yanagihara

terça-feira, 8 de outubro de 2024

“Nunca me esqueças“ de Lesley Pearce

Início da leitura: 17 de agosto de 2024

Fim da leitura: 03 de outubro de 2024

Rating: ⭑⭑⭑⭑

Ao chegar ao fim do livro percebe-se que se trata de uma história real, e se há algo que eu gosto de ler são histórias verídicas. Acabamos por não saber ao certo o que aconteceu a Mary após a partida dela de Londres. Mas, a autora imagina que Mary acabara por se casar e ter filhos novamente. 

O livro começa numa sala de tribunal, o que nos prende logo desde a primeira página. Uma história passada em 1786 e nos anos seguintes, onde a pena de morte é real e onde as pessoas são deportadas para ilhas sem condições de sobrevivência até cumprirem a sua pena. 

Mary mostrou-se ser destemida ao pedir o mínimo de condições de higiene e de sobrevivência, e não apenas para seu benefício próprio. Tendo engravidado em duas circunstâncias completamente diferentes e ainda ter conseguido fugir da prisão da ilha, só para mais tarde ter de enfrentar mais adversidades e consequências muito piores. Mas foi também a sua coragem, que lhe garantiu um futuro melhor após ter enfrentado tanta dor e desgosto. 

Não foi um livro que eu dissesse “uau”, nem que me pusesse de certa forma colada a ele em algum momento. Na verdade, estive literalmente a “mastigar” os três últimos capítulos. Ainda assim, estes livros são também muito preciosos. Obrigada pela viagem ao mundo da Mary. Ela acaba por nos ensinar que mesmo no fundo do poço, somos nós quem comandamos a nossa vida. 

Compra aqui:

Livro físico “Nunca me esqueças” de Lesley Pearce

Ebook “Nunca me esqueças” de Lesley Pearce

Livro de bolso “Nunca me esqueças” de Lesley Pearce

sexta-feira, 16 de agosto de 2024

Boneca de Luxo de Truman Capote


 Início da leitura: 27 de julho de 2024

Fim da leitura: 3 de agosto de 2024

Rating: ★★★

Apesar de ser um livro rápido de se ler, não dá para ficar indiferente ao charme de Holly Golightly, que não só não tem problemas em tocar às campainhas das pessoas às tantas da manhã porque se esquece das chaves, como trata as pessoas como se já as conhecesse desde sempre. O objetivo da personagem é encontrar o seu lugar no mundo, onde possa ser ela própria e sentir-se em casa. 

O livro tem mais 3 contos, e apesar de todos eles acabarem de forma triste, o último conto “Uma Recordação de Natal”, não deixa de ser de certa forma poético.

Não foi dos livros que mais gostei de ler até agora este ano, mas sempre poderei dizer que já o li,  e já não fico completamente às aranhas quando falam sobre ele. 

Se tiveres interesse em ler este livro:

“Boneca de Luxo” de Truman Capote

Curiosidades Fascinantes sobre Dan Brown que talvez não conheças

Quando falamos de thrillers eletrizantes que misturam história, arte, religião e ciência , o nome Dan Brown vem imediatamente à mente. O aut...