Início da leitura: 20 de Dezembro de 2024
Fim da leitura: 3 de Janeiro de 2025
Rating: ★★★
Posso dizer que foi o primeiro livro deste autor que não me fez chorar no final do livro. Não sei se porque já antecipava um final do género ou não. Ainda assim, esta história acaba por nos mostrar que os nossos progenitores ditam muitas vezes as nossas inseguranças e falhas quando somos já adultos. Muitas vezes cometemos sempre os mesmos erros, na esperança de um dia sermos aceites. Não pelos outros, mas pelos nossos pais. Adotamos um comportamento para lhes chamar a atenção, quando na verdade, muitas das vezes o que fazemos nada lhes diz.
Benedita, uma menina que foi abandonada pelo pai quando era ainda uma criança, aceitava o amor que achava que merecia dos homens, mesmo que fosse um amor que machucava. Porque assim, ao menos, tinha alguém que dizia que a amava e tinha medo que a deixassem tal como o pai fizera com ela. Ainda assim, na sua relação com Gaspar acabou por se valorizar e seguir em frente.
Já com Pedro, apesar de ter sido um amor muito forte, Pedro dizia muitas vezes que não era a pessoa certa para ela, por ser como era devido ao seu padrasto e à educação que tivera. O que Benedita acabou por aceitar eventualmente. Mesmo insistindo sempre, e o autor repetiu muitas vezes este tema (vezes demais a meu ver), que Benedita insistia em ver sempre o melhor nas pessoas, o lado bom delas.
Após o acidente, Benedita seguiu em frente e encontrou alguém que a entende, respeita e dá-lhe o amor que ela precisa. Mas a pergunta fica no ar… O que teria acontecido se não houvesse nenhum acidente? Ainda assim, será que Pedro aprendeu tudo o que tinha para aprender com Benedita agora que acordou? Quero acreditar que sim. As pessoas que passam pelas nossas vidas muitas vezes não vêm para ficar, mas sim, para nos ensinar algo que ainda não aprendemos. Foi o caso de Benedita e Pedro. E por isso, quero acreditar que vem daí o título “Fomos Mais do que Um Erro”.
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