terça-feira, 20 de maio de 2025

MasterClass de Amy Tan

Fotografia de Amy Tan

 Se procuras inspiração para escrever com alma, emoção e autenticidade, Amy Tan é um nome que deves conhecer. Autora de The Joy Luck Club (O Clube da Felicidade e da Sorte), Tan é uma das vozes mais influentes da literatura contemporânea, especialmente no retrato das relações entre mães e filhas e da experiência de imigrantes chineses nos Estados Unidos.

Quem é Amy Tan?

Amy Tan nasceu em 1952, na Califórnia, filha de pais chineses imigrantes. A sua infância foi marcada por contrastes culturais, perdas familiares e uma busca por identidade. Inicialmente, seguiu uma carreira empresarial, mas a escrita acabou por chamá-la de volta às suas raízes - e ao seu coração. 

O que inspirou The Joy Luck Club?

Tan escreveu The Joy Luck Club após uma viagem marcante à China com a mãe. Essa jornada despertou nela uma profunda conexão com as suas origens e com as histórias que a sua mãe lhe contava em criança. O livro nasceu como uma tentativa de compreender a sua herança cultural e dar voz a uma geração de mulheres silenciadas pela tradição. 

A obra tornou-se num bestseller internacional e foi adaptada para o cinema, sendo considerada um marco na representação asiático- americana na literatura e no ecrã. 

Os conselhos de Amy Tan sobre escrita

Amy Tan é conhecida por defender a escrita como uma ferramenta de cura e descoberta pessoal. Os seus principais conselhos incluem:

  • Escreve com verdade emocional: não te preocupes com as regras literárias, preocupa-te com o que sentes.
  • Explora a tua história: mesmo as experiências pessoais têm valor universal.
  • Aceita o processo imperfeito: escrever bem exige reescrever - e aceitar que o primeiro rascunho não será o último.

O processo criativo de Amy Tan 

Tan descreve o seu processo como profundamente intuitivo. Ela não começa com uma estrutura rígida, mas com uma imagem, emoção ou pergunta. Gosta de escrever em silêncio, deixando que as palavras a encontrem em vez de forçá-las. 

Para Amy, a escrita é menos sobre técnica e mais sobre empatia, escuta interior e sensibilidade cultural. Ela costuma reler cartas, fotos antigas e memórias como ponto de partida. 

Como Amy Tan lida com a página em branco

Amy admite que o bloqueio criativo é real - e não raro. Para combatê-lo, ela: 

  • Relê trechos de livros que a emocionam;
  • Escreve cenas soltas, sem compromisso com a ordem;
  • Permite-se escrever mal no início, confiando que a beleza virá na Reescrita. 
“Escrever é como entrar numa sala escura à procura da luz. Tens que confiar que ela está lá.”

Dicas de Amy Tan: 

Revê várias vezes. Vê onde há redundâncias, confusão. Vê se as coisas são reais. Usaste clichês, romantizaste demais?

Lê o manuscrito em voz alta. Lê um personagem e vê se ele é consistente durante toda a história. Vê onde mudaram de uma forma natural. 

Quando escreves tenta bloquear o que está a acontecer na tua vida e o que está a acontecer no mundo. 

Cria um ritual para entrar no mundo criativo. Acende uma vela ou incenso. Escolhe uma música que seja compatível com a cena que vais escrever. 

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