terça-feira, 10 de setembro de 2024

Revelações de um parto normal de uma mamã de primeira viagem


 Olá queridos leitores! 

Hoje venho falar-vos da experiência do meu parto para trazer ao mundo a bebé M. 

Dia 9 de Maio de 2024, tive duas consultas de manhã, uma no Hospital de Leiria para observação dos movimentos do bebé em que nos põe uma fita à volta da barriga e temos que pressionar o botão sempre que o bebé se mexe na barriga. A minha menina como sempre se mexeu muito, principalmente quando paro quieta, esta parte foi particularmente fácil. 

Após o Hospital de Leiria, tive consulta no centro de saúde em que me perguntaram se já tinha a mala pronta e disse que sim. Ao mesmo tempo pensava que ainda faltava uns 14 dias para a data prevista do parto e que ainda era cedo para já estar tudo ansioso. 

No entanto, durante uma chamada de vídeo com a família por volta das 22h baixei-me para ver se um pacote de fraldas, que tinha em casa, iriam servir na bebé M, quando me virei e disse “de duas uma, ou me rebentaram as águas ou fiz xixi pelas pernas abaixo!”, desliguei e fui até à casa de banho. Sentei-me na sanita e a água não parava de escorrer! Acabaram-me por me dar umas cólicas horríveis e pouco depois fiz o número dois… e ainda bem, só pensava “ai ainda bem que foi em casa, pode ser que assim não faça no trabalho de parto” que era um dos meus maiores medos! E felizmente isso não aconteceu. 

Pedi ao meu namorado umas cuecas e um penso para irmos então para o hospital, mas rapidamente me ri, quando mal pus as cuecas fiquei toda encharcada, assim como o penso e havia água por baixo dos meus pés no chão do nosso quarto. Pedi uma fralda e lá nos dirigimos ao carro. Já no carro, começo a sentir contrações, e estas iam e vinham de cinco em cinco minutos. 

Ao chegar ao hospital entrei numa sala de consultas onde me examinaram e disseram que já tinha 4cm de dilatação. Pediram para assinar uns dois papéis de responsabilização e que podiam ocorrer complicações, como por exemplo, morte. Paniquei ao ler aquilo! Mas, respirei fundo e mantive a calma. 

Fui encaminhada para uma sala de parto e o meu namorado juntou-se a mim pouco depois já todo vestido de azul. Ah, uma coisa importante, eles não dizem para pôr fraldas para a mãe na mala da sala de partos, mas metam! Porque eu quis outra e não tinha, pedi no hospital e são super grandes e incómodas. Se eu soubesse, tinha posto umas duas ou três nessa mala! 

Perguntaram se queríamos um parto assistido ou não e eu disse que queria com o mínimo de intervenção possível. Perguntaram-me se queria levar a epidural e disseram que devia levar enquanto ainda me conseguia manter quieta, que não me podia mexer quando estivesse a levá-la e por isso, pedi logo. A seguir disseram para eu ficar quieta e tentar dormir. Lembremo-nos que tinha um catéter numa mão, uma máquina a fazer bip onde estavam a monitorar a bebé e as contrações continuavam de 5 em 5 minutos… 

Deitei-me e porque tinha um sabor metálico na boca ofereceram-me um chupa e fiquei assim algum tempo. Tive vontade de urinar umas duas vezes antes de ela nascer, e como não podia sair dali…toma um pote de alumínio, e como não conseguia esvaziar completamente tiveram que me ajudar com uma algália. Fui sendo vigiada pelas enfermeiras que vinham ver de quantos centímetros estava de dilatação. 

Quando finalmente me disseram que podia fazer força, tinha que fazer força quando vinha a contração. E assim foi, comecei por fazer força na posição “de frango” e achava que gritar iria ajudar, mas não. Aliás apenas me ajudou a esquecer um pouco a dor que sentia com as minhas ancas a alargar. 

Nessa posição não estava a conseguir e passei para a posição de quatro apoios, em que me disseram para dançar um pouco com a barriga porque a bebé M se encontrava de lado. Ofereceram-me gelatina de pêssego porque estava há muitas horas sem comer. E aqui, eram já 4h da manhã do dia 10 de maio. 

Nas próximas 3h fiz força nessa posição, fiz de lado, e por fim fiz de cócoras. Esta última posição tornou-se a mais favorável para mim e para a bebé. Mas, após tantas horas a fazer força de 5 em 5 minutos, comecei a ficar sem forças e a revirar os olhos. O meu namorado percebeu que eu não ia aguentar muito mais e perguntou à enfermeira que estava connosco se não nos podiam ajudar. Ela falou na opção das ventosas e nós aceitámos. 

Neste momento. Neste exacto momento, aquela sala de parto virou sala de operações em menos de 2 segundos. Entraram umas 6 pessoas, entre 2 enfermeiras, 2 médicas, uma auxiliar e uma senhora da limpeza. A médica avaliou-me e disse que eu teria que fazer força para a bebé sair mais para ela conseguir pegar com a ventosa ou que então não ia conseguir puxar. Uma enfermeira que já se encontrava fora de serviço estava ao meu lado a dizer para respirar, que seria o último puxão e iria acabar tudo. 

Assim foi, dei o resto da força que tinha, e ela estava cá fora. Em cima de mim, a fazer beicinho e a fechar os olhos com tanta luz que havia naquela sala. Acabei por rasgar bastante de lado. Perguntei ao meu namorado se estava muito mau lá em baixo quando percebi que estava a ser cozida há quase 1h. Ele mentiu-me claro, para me acalmar, “não amor, é só uns pontinhos e já está.” As médicas ao vê-lo passar por trás delas e a dizer-me isto entraram um bocado em pânico a pensar que ele ia desmaiar, mas não. Ele teve ali ao meu lado o tempo todo, cortou o cordão umbilical e tomou conta de nós! 

A bebé M, nasceu dia 10 de maio, às 7h58 da manhã com 2,835kg, saudável e sem precisar de cuidados especiais à nascença. Não saiu de perto de mim um segundo.

Enquanto a vestiam, e antes de me começarem a cozer era necessário expulsar o saco amniótico. E eu pensei na minha ignorância que ele saia por ele, por assim dizer. Mas após tudo isto… também tive que dar um puxão para o expulsar do meu corpo. 

E contigo? Como foi a tua experiência? 


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