quarta-feira, 23 de outubro de 2024

Isto foi o que aprendi com a masterclass de Michael Lewis

 
No mês passado inscrevi-me no site da Masterclass para devorar tudo o que tivesse haver com escrita. Decidi começar pela aula de Michael Lewis “Tell a Great Story”. E isto foi o que eu aprendi.

- Se não te divertires a escrever, ninguém se vai divertir a ler. 

-Usa a tua própria experiência para encontrar boas histórias. 

-Tem uma personagem que queiras seguir. 

- Se tiveres problemas em começar a escrever, escreve para alguém que ames, como por exemplo, uma carta para a tua mãe. 

- Lê o teu trabalho em voz alta para descobrires os erros.

- Sê curioso sobre os teus personagens. 

- Desacelera a ação na página. 

- Descobre o teu inicio e fim da história antes de começares a escrever.

- As personagens ficam melhores quanto mais em risco elas ficam. 

- Dá a cada personagem a sua própria voz. 

- Presta atenção ao que as pessoas fazem e reagem em diferentes situações. 

Como escrever, segundo Michael Lewis:

- Escreve em pequenas cenas.

- Pergunta a ti mesmo(a): “Estás pronto(a) para escrever isto?”. Há temas que simplesmente são mais delicados que outros. 

- Cria um ambiente para escrever, como fotos de familia que te podem pôr na disposição de escrever.

- Cria um espaço privado para escrever. 

- Minimiza as distrações.

- Cria uma playlist diferente para cada livro.

Rotina de escrita, segundo Michael Lewis:

- Mantém-te relaxado.

- Escreve no inicio e no fim do dia.

- Não te levantes até teres 1.000 palavras.

- Escreve em cafeína e edita em vinho.

- Edita de bom humor.

- Tenta parar antes de teres acabado as tuas ideias todas.

Como acabar uma história, segundo Michael Lewis:

- Saber o fim da história ajuda a escrevê-la.

- Saber o que acontece com as personagens no final da história ajuda a imaginar o que fizeram antes e a guiar-nos durante a história. 

- Saber o fim da história ajuda a deixar pistas durante a história que criam interesse e tensão.

O melhor conselho de Michael Lewis para quem quer escrever:

“Põe o rabo na cadeira” (“Put your ass in the chair”)

sexta-feira, 18 de outubro de 2024

Vamos falar sobre amamentação?

 


Nota: apenas sobre amamentação materna.

Finalmente chegou o dia, a bebé M começou a sua jornada na creche. E junto com isso, começa o verdadeiro trabalho de mãe, ou melhor, vaca leiteira de plantão! Pois é, uma vez que a bebé M não está mais coladinha a mim, em casa, lá vou eu tirar leite para ela levar. E alguém me avisa onde foi o tempo?? Entre uma bomba grudada nas mamas quase o dia todo e o congelador que está mais para armazém de leite, pergunto-me: será que é suficiente? É sacos de 150ml, 60ml, 90ml, 100ml… Parece que estou a misturar bebidas num bar! 

Da última vez que lhe dei um biberão de míseros 120ml, a bebé M fez um escândalo como se estivesse a passar fome, do tipo “Onde está o resto, mãe?” Mas, penso que seja apenas o feitio forte dela, porque quando a vou buscar, dizem que ela é um anjo! Em casa? Só para ela pegar no sono, é uma novela. Literalmente, demoro o tempo todo da novela da SIC, “A Promessa” para a adormecer. Na creche? Dorme que é uma beleza. Vai-se lá entender a miúda. 

Agora sobre os mamilos… Ah, os meus mamilos! Estão mais feridos que os sentimentos de um coração partido. E não é tanto pela bomba, mas porque a bebé M decidiu que morder, puxar e depois rir na minha cara é uma excelente brincadeira. E assim seguimos…ah, ser mãe… que maravilha, não é? 

P.S.: continua a ser a melhor aventura das nossas vidas! Minha e do pai! 

terça-feira, 15 de outubro de 2024

Rotina de escrita: Anne Rice


 Anne Rice, autora de “Entrevista com o Vampiro”, é a rainha do gótico moderno, com uma rotina de escrita que beirava o sobrenatural! Primeiro nada de café de manhã com a luz do sol! A sua jornada criativa começava quando o resto do mundo já estava preparado para dormir. Rice mergulhava na escuridão e escrevia - perfeita para evocar os seus vampiros e seres misteriosos! Era como se as sombras da noite dessem a ela uma energia secreta, transformando a quietude em pura inspiração. 

Rice podia passar horas e horas a escrever, e quando digo horas…falo HORAS! Anne escrevia como se os seus personagens a possuíssem, ficando até, por vezes, doze horas em frente ao teclado, sem parar para respirar (ou comer…ou dormir!) Mas nada de rascunhos curtos e polidos na primeira tentativa! Não, senhor! Anne acreditava em despejar todas as suas ideias na página, sem freios. E o resultado? Manuscritos gigantescos, quase imortais como os seus vampiros, que depois passavam por refinamentos. 

E o melhor de tudo? Anne era tão apaixonada pelos seus personagens que, quando mergulhava de volta nas suas séries - como “As Crónicas Vampirescas” - parecia que ela estava a rever velhos amigos (mortos-vivos, mas ainda assim, amigos!). A intensidade emocional de Rice era palpável, cada palavra tinha peso, como se estivesse a derramar a sua própria alma no papel! 

E assim, com noites longas, café escuro, e uma pitada de mistério, Anne Rice transforma o mundo sombrio em pura literatura…e ainda faz por parecer que é tudo uma questão de magia! 

Ainda que a sua rotina noturna tenha sido alterada com o nascimento do seu filho, Rice continuou a sua magia durante os sonhos do seu filho.

sexta-feira, 11 de outubro de 2024

O amanhã sempre vem


A saudade pesa. Pesa no peito, pesa no corpo e ainda assim não a vejo. Não consigo ver o seu peso quando me ponho em cima da balança. Nem tão pouco a vejo no espelho do nosso quarto. Sinto a tua ausência. O vazio na nossa cama, o vazio no meu peito. O silêncio ensurdecedor nas paredes da casa. O telemóvel que não toca mais com as tuas mensagens. Nem um bom dia, nem como é que estás. 
As lágrimas que deito, escorrem-se pela cara e morrem na minha boca. Gostaria que a vida fosse mais simples. O céu sempre azul. Mas, as nuvens prevalecem e a chuva cai a potes. Qual música poderosa que compete comigo…
Tenho cadernos cheios na estante. Mais de mil cartas que te escrevi. Nunca as leste. Sentimentos declarados em papel espelhados… Nos meus olhos os provaste e em teus sonhos os revelaste. Acaba a tempestade e acabamos nós. Mas, sabes? Ou melhor…sabias? Assim como é certo que o sol se põe, também é certo que ele nasce. 


terça-feira, 8 de outubro de 2024

“Nunca me esqueças“ de Lesley Pearce

Início da leitura: 17 de agosto de 2024

Fim da leitura: 03 de outubro de 2024

Rating: ⭑⭑⭑⭑

Ao chegar ao fim do livro percebe-se que se trata de uma história real, e se há algo que eu gosto de ler são histórias verídicas. Acabamos por não saber ao certo o que aconteceu a Mary após a partida dela de Londres. Mas, a autora imagina que Mary acabara por se casar e ter filhos novamente. 

O livro começa numa sala de tribunal, o que nos prende logo desde a primeira página. Uma história passada em 1786 e nos anos seguintes, onde a pena de morte é real e onde as pessoas são deportadas para ilhas sem condições de sobrevivência até cumprirem a sua pena. 

Mary mostrou-se ser destemida ao pedir o mínimo de condições de higiene e de sobrevivência, e não apenas para seu benefício próprio. Tendo engravidado em duas circunstâncias completamente diferentes e ainda ter conseguido fugir da prisão da ilha, só para mais tarde ter de enfrentar mais adversidades e consequências muito piores. Mas foi também a sua coragem, que lhe garantiu um futuro melhor após ter enfrentado tanta dor e desgosto. 

Não foi um livro que eu dissesse “uau”, nem que me pusesse de certa forma colada a ele em algum momento. Na verdade, estive literalmente a “mastigar” os três últimos capítulos. Ainda assim, estes livros são também muito preciosos. Obrigada pela viagem ao mundo da Mary. Ela acaba por nos ensinar que mesmo no fundo do poço, somos nós quem comandamos a nossa vida. 

Compra aqui:

Livro físico “Nunca me esqueças” de Lesley Pearce

Ebook “Nunca me esqueças” de Lesley Pearce

Livro de bolso “Nunca me esqueças” de Lesley Pearce

sexta-feira, 4 de outubro de 2024

Anne Rice’s writing advice

 


“Write the book of your dreams, write what you want to be known for.”

“You may write two or three chapters of a book and decide you hate it. Don’t throw it away, save it.”

“Create, through writing, the person you want to be.”

“The great thing about our profession is there are no rules.”

“Don’t ever think that you have to know a whole lot about publishing to break in, you really don’t.”

“Never revise that book because you got a rejection from an editor with a bunch of negative advice. Any editor who rejects your book doesn’t get it.”

“Don’t hesitate to write one sentence paragraphs and short paragraphs in general…never, never bury a key revelation or surprise or important physical gesture by character at the end of an existing paragraph. Move this to a new paragraph.”

“If the plot takes a high improbable turn, acknowledge that through having the characters acknowledge it.”

“Never get trapped into thinking that if you have a character open a door, he necessarily has to close it later on…you are creating a visual impression of a scene, and you don’t need to spotlight every gesture.”

Curiosidades Fascinantes sobre Dan Brown que talvez não conheças

Quando falamos de thrillers eletrizantes que misturam história, arte, religião e ciência , o nome Dan Brown vem imediatamente à mente. O aut...