A saudade pesa. Pesa no peito, pesa no corpo e ainda assim não a vejo. Não consigo ver o seu peso quando me ponho em cima da balança. Nem tão pouco a vejo no espelho do nosso quarto. Sinto a tua ausência. O vazio na nossa cama, o vazio no meu peito. O silêncio ensurdecedor nas paredes da casa. O telemóvel que não toca mais com as tuas mensagens. Nem um bom dia, nem como é que estás.
As lágrimas que deito, escorrem-se pela cara e morrem na minha boca. Gostaria que a vida fosse mais simples. O céu sempre azul. Mas, as nuvens prevalecem e a chuva cai a potes. Qual música poderosa que compete comigo…
Tenho cadernos cheios na estante. Mais de mil cartas que te escrevi. Nunca as leste. Sentimentos declarados em papel espelhados… Nos meus olhos os provaste e em teus sonhos os revelaste. Acaba a tempestade e acabamos nós. Mas, sabes? Ou melhor…sabias? Assim como é certo que o sol se põe, também é certo que ele nasce.
Sem comentários:
Enviar um comentário