terça-feira, 5 de novembro de 2024

Invisível

Mulher de costas a pôr as mãos à cabeça

 Estás em cada esquina do meu pensamento. Mentira. Estás para onde quer que olhe, lá estás tu. O olhar intenso de quem me ama, mas que também me odeia e sente saudade dos tempos banais que passámos. Esta relação de amor/ódio tem que acabar. Mas sem ela, teríamos ainda alguma coisa? O silêncio, a distância… Espero que sejas forte o suficiente para não dizer nada. Hoje apenas escrevo no papel enquanto a saudade aperta. E a lata que não tenho para te dirigir a palavra. Amo-te. Odeio-te. Odeio-te! Ok, amo-te! No entanto, dizer que te amo não define de todo o sentimento. As coisas poderiam ser mais simples, mas não são. O tremer do corpo, o arrepiar da pele…dizem que é muito mais que isso. Fico fechada em quatro paredes a tentar respirar, ofegante com vontade de desmaiar e as lágrimas começam a escorrer-me pela cara… Concentra-te, digo de mim para mim. Limpo as lágrimas, ponho um sorriso e digo em voz alta - esta foi a vida que escolhi. Não podes abrir as portas do passado quando queres e escolher um destino diferente. Não será a mesma coisa, não é a mesma coisa. O tempo há-de passar, a vida há-de correr e tudo ficará bem. Basta não pensar, basta não sentires. Nem que ele seja parte da tua alma, nem que com ele sintas que não falta nada. Nem que isso te mate aos poucos… 

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