Se procuras inspiração para escrever com alma, emoção e autenticidade, Amy Tan é um nome que deves conhecer. Autora de The Joy Luck Club (O Clube da Felicidade e da Sorte), Tan é uma das vozes mais influentes da literatura contemporânea, especialmente no retrato das relações entre mães e filhas e da experiência de imigrantes chineses nos Estados Unidos.
Quem é Amy Tan?
Amy Tan nasceu em 1952, na Califórnia, filha de pais chineses imigrantes. A sua infância foi marcada por contrastes culturais, perdas familiares e uma busca por identidade. Inicialmente, seguiu uma carreira empresarial, mas a escrita acabou por chamá-la de volta às suas raízes - e ao seu coração.
O que inspirou The Joy Luck Club?
Tan escreveu The Joy Luck Club após uma viagem marcante à China com a mãe. Essa jornada despertou nela uma profunda conexão com as suas origens e com as histórias que a sua mãe lhe contava em criança. O livro nasceu como uma tentativa de compreender a sua herança cultural e dar voz a uma geração de mulheres silenciadas pela tradição.
A obra tornou-se num bestseller internacional e foi adaptada para o cinema, sendo considerada um marco na representação asiático- americana na literatura e no ecrã.
Os conselhos de Amy Tan sobre escrita
Amy Tan é conhecida por defender a escrita como uma ferramenta de cura e descoberta pessoal. Os seus principais conselhos incluem:
- Escreve com verdade emocional: não te preocupes com as regras literárias, preocupa-te com o que sentes.
- Explora a tua história: mesmo as experiências pessoais têm valor universal.
- Aceita o processo imperfeito: escrever bem exige reescrever - e aceitar que o primeiro rascunho não será o último.
O processo criativo de Amy Tan
Como Amy Tan lida com a página em branco
- Relê trechos de livros que a emocionam;
- Escreve cenas soltas, sem compromisso com a ordem;
- Permite-se escrever mal no início, confiando que a beleza virá na Reescrita.
“Escrever é como entrar numa sala escura à procura da luz. Tens que confiar que ela está lá.”
Dicas de Amy Tan:
Revê várias vezes. Vê onde há redundâncias, confusão. Vê se as coisas são reais. Usaste clichês, romantizaste demais?
Lê o manuscrito em voz alta. Lê um personagem e vê se ele é consistente durante toda a história. Vê onde mudaram de uma forma natural.
Quando escreves tenta bloquear o que está a acontecer na tua vida e o que está a acontecer no mundo.
Cria um ritual para entrar no mundo criativo. Acende uma vela ou incenso. Escolhe uma música que seja compatível com a cena que vais escrever.