sexta-feira, 20 de junho de 2025

5 Estratégias Realistas para Quem Quer Criar uma Rotina de Escrita com Pouco Tempo

Don’t let them stop you

 Se sentes que não tens tempo para escrever, não estás sozinha(o). Entre trabalho, casa, compromissos, a escrita acaba por ser deixada para “quando houver tempo”. O problema? Esse tempo raramente aparece. Mas e se te dissesse que é possível escrever todos os dias — mesmo com uma agenda cheia?

Neste post, partilho contigo 5 estratégias realistas para criares uma rotina de escrita consistente, mesmo com pouco tempo disponível. 

1. Estabelece um Mini-Hábito de Escrita

Começa com metas ridicularmente pequenas: 5 minutos ou 50 palavras por dia. O mais importante é criar consistência, não quantidade. Com o tempo, o hábito torna-se automático e fácil de expandir. 

Dica extra: Usa ferramentas como Scrivener ou Notion para registares o teu progresso

2. Escreve nas Margens do Teu Dia 

Não precisas de uma hora livre para escrever. Aproveita:

  • O tempo do café da manhã
  • A espera no transporte público
  • 10 minutos antes de dormir
Escrever é mais sobre presença e intenção do que sobre tempo absoluto.

3. Define uma Prioridade Clara por Semana

Em vez de tentares escrever capítulos inteiros, foca-te numa meta pequena e específica por semana: um diálogo, uma cena ou o perfil de uma personagem. 

🎯Micro-metas reduzem o bloqueio criativo e aumentam a produtividade. 

4. Cria um Ritual Rápido de Escrita

Acende uma vela, coloca uma música instrumental ou faz chá antes de escrever. Esse pequeno ritual sinaliza ao teu cérebro: “É hora de escrever”.

5. Protege o Teu Tempo Criativo

Mesmo que seja só 10 minutos, trata esse tempo como sagrado. Desliga notificações, fecha o email e deixa que todos à tua volta saibam: esse é o teu momento de criação. 

Não precisas de horas livres. Precisas de um sistema simples, adaptado ao teu ritmo. A rotina de escrita começa com um compromisso interior e contrói-se passo a passo. 

terça-feira, 17 de junho de 2025

Resenha: O Casamento da Criada - Freida McFadden fecha o ciclo com suspense e reviravoltas

Capa do livro O Casamento da Criada

Início da leitura:
29 de Maio de 2025

Fim da leitura: 03 de Junho de 2025

Rating: ★★☆☆☆

Se és fã dos thrillers psicológicos de Freida McFadden, especialmente da trilogia A Criada, então O Casamento da Criada é leitura obrigatória. Este conto curto dá continuidade à história de Millie Calloway, mantendo o ritmo tenso e os elementos imprevisíveis que marcaram os anteriores. 

Um final à altura: tensão até ao altar

Era óbvio que algo ia correr mal — estamos a falar de Millie. Desde o início, percebe-se que o seu passado não ficou totalmente resolvido. E claro, como seria de esperar, há alguém a persegui-la. A autora não perde tempo em criar esse clima de inquietação que nos prende do início ao fim. 

O dia do seu casamento que deveria ser perfeito, transforma-se num verdadeiro caos: 

👰 O vestido não serve,

👪 Os pais estão ausentes,

💁 E ela precisa pedir a uma outra pessoa para ser testemunha. 

Freida McFadden consegue, mais uma vez, envolver-nos num cenário aparentemente simples, mas recheado de tensão psicológica e detalhes inquietantes. 

Narrativa envolvente — agora com Enzo!

Um dos pontos altos desta história é termos, finalmente, um vislumbre da mente de Enzo. Ler a narrativa pela sua perspectiva traz uma nova camada à história e torna tudo mais pessoal. Foi ótimo conhecer melhor este personagem que, até então, era visto apenas pelos olhos de Millie. 

Curto, mas eficaz

Apesar de ser um conto mais curto que os livros anteriores, O Casamento da Criada não deixa nada a desejar. É uma leitura rápida, mas que faz todo o sentido dentro do universo da série. Ainda assim, fiquei um pouco desiludida pela atitude dos pais de Millie. A autora poderia ter prolongado mais a história ao haver um confronto pessoal entre Millie e os seus pais, ainda assim as suas atitudes fizeram bastante sentido do que se era de esperar. Acabou por ser um encerramento agridoce, cheio de simbolismo e, claro, com aquele suspense que já se espera da autora. Ainda assim, foi o meu menos favorito dos livros da A Criada.

sexta-feira, 13 de junho de 2025

Resenha: A Criada Está a Ver de Freida McFadden

Capa do livro A Criada Está a Ver
Início da leitura: 09 de Maio de 2025

Fim da leitura: 28 de Maio de 2025

Rating: ★★★★☆

Se és fã de thrillers psicológicos cheios de reviravoltas, segredos familiares e personagens enigmáticas, então A Criada Está a Ver de Freida McFadden vai prender-te da primeira à última página. Este é o terceiro volume da série A Criada (The Housemaid Series), e apesar de Millie não ser a instigadora direta dos acontecimentos, tudo gira à sua volta — como sempre. 

Resumo do Livro

Em A Criada Está a Ver, reencontramos Millie Calloway já num contexto mais estabilizado, agora casada com Enzo e mãe de dois filhos: Ada e Nico. Mas a paz é apenas aparente. Cada membro da família guarda um segredo sombrio que ameaça destruir tudo. 

A chegada de Martha, a nova empregada, parece inofensiva… até que descobrimos que ela conhece Millie há muitos anos. E não dá início a uma teia de coincidências e acontecimentos que nos fazem questionar: até que ponto o passado pode realmente ficar enterrado?

Opinião Pessoal

Simplesmente adorei este livro! Freida McFadden soube fechar a trilogia com chave de ouro. Neste volume, Millie não é a culpada, mas continua a ser o centro de tudo — direta ou indiretamente. 

A construção dos segredos dos filhos, Ada e Nico, e até mesmo do próprio Enzo, é feita com maestria. E quando pensamos que sabemos tudo…boom, mais uma reviravolta. A revelação sobre Martha — que afinal não era uma mera obcecada, mas alguém do passado — foi simplesmente brilhante. 

É fascinante como a autora faz com que tudo se cruze e, no fim, percebemos que o mundo é mesmo pequeno. Uma leitura viciante, com o selo de qualidade Freida McFadden. 

A Criada Está a Ver é um final digno de uma das trilogias de suspense mais lidas dos últimos tempos. Freida McFadden entrega tudo o que os fãs esperam — e ainda mais. Um livro que confirma o talento da autora para criar narrativas envolventes, cheias de tensão, e personagens inesquecíveis. 


terça-feira, 10 de junho de 2025

7 Curiosidades Surpreendentes Sobre George R.R. Martin, o Criador de A Guerra dos Tronos

Casa miniatura
George R.R. Martin é um dos nomes mais icónicos da literatura de fantasia contemporânea. O autor da aclamada série As Crónicas de Gelo e Fogo - que inspirou a série televisiva A Guerra dos Tronos - tornou-se uma figura lendária não só pela complexidade dos seus livros, mas também pela sua personalidade excêntrica e métodos únicos de trabalho. 

Neste artigo, reunimos 7 curiosidades fascinantes sobre George R.R. Martin que vão surpreender até os fãs mais dedicados. 

1. Escreve Numa Máquina DOS dos Anos 80

Enquanto muitos escritores utilizam ferramentas modernas como Scrivener ou Google Docs, Martin escreve numa versão antiga do WordStar 4.0 num computador DOS. O motivo? Ele afirma que isso o ajuda a focar-se, sem distrações nem corretores automáticos irritantes. 

“Não há sublinhados vermelhos, não há pop-ups, só eu e o texto.”

2. É um “Jardineiro” na Escrita

Martin classifica os escritores como arquitetos (que planeiam tudo antes de escrever) e jardineiros (que deixam a história crescer organicamente). Ele é assumidamente um jardineiro — prefere ver onde a narrativa o leva, o que explica as reviravoltas inesperadas nos seus livros.

Não há planos rígidos, apenas sementes criativas.

3. É Viciado em História Medieval 

A inspiração para As Crónicas de Gelo e Fogo vem, em grande parte, da Guerra das Rosas, um conflito histórico real entre as casas de York e Lancaster na Inglaterra medieval. O autor é um verdadeiro entusiasta de história, especialmente da Idade Média.

Os Lannister e os Stark? Claramente inspirados nos Lancaster e York.

4. Já Foi Escritor de Séries de TV

Antes de se tornar mundialmente famoso como autor, George R.R. Martin escreveu episódios para séries como “A Bela e o Monstro” (1987) e trabalhou como roteirista em Hollywood. No entanto, frustou-se com as limitações orçamentais da televisão e decidiu voltar aos livros - onde podia dar asas à imaginação. 

“Nos livros, se quero dez mil soldados, posso tê-los. Na TV, mandavam-me cortar para cem.”

5. Tem Uma Coleção Gigante de Miniaturas e Figuras de Chumbo

Martin é colecionador de figuras medievais em miniatura — principalmente cavaleiros e castelos em chumbo pintados à mão. Já admitiu que parte da sua paixão pela fantasia nasceu ainda em criança, a paixão de brincar som esses elementos.

O mundo de Westeros pode ter começado num tabuleiro de miniaturas.

6. Já Matou Personagens por Razões Pessoais

Famoso por matar personagens importantes sem aviso, Martin revelou que às vezes elimina personagens inspirados em pessoas reais — como forma de brincadeira ou vingança literária. Em campanhas de caridade, até leiloou o direito de um fã “ser morto” nos seus livros. 

Sim, podes pagar para morrer num livro de George R.R. Martin

7. Detesta Ser Apressado Para Publicar

Muitos fãs reclamam do tempo que ele leva para lançar novos livros, mas Martin insiste que não quer sacrificar a qualidade por pressa. Recusou várias pressões da editora e da HBO, preferindo manter o seu ritmo.

“Escrever leva o tempo que tem que levar.” - G.R.R.M.

George R.R. Martin não é apenas um grande escritor — é uma personalidade fascinante, cheia de manias, métodos únicos e uma paixão inigualável pela fantasia épica. Conhecer estas curiosidades é uma forma de compreender melhor a mente por trás de Westeros — e, quem sabe, inspirar-se para os seus próprios projetos criativos. 

Qual destas curiosidades mais te surpreendeu? Gostavas de escrever como George R.R. Martin? Deixa a tua opinião nos comentários! 

 

 

 

 

sexta-feira, 6 de junho de 2025

A Rotina de Escrita de George R.R. Martin: Segredos do Autor de A Guerra dos Tronos

Rotina de escrita de George R.R. Martin

Se és fã de A Guerra dos Tronos ou da série literária As Crónicas de Gelo e Fogo, certamente já te perguntaste como George R.R. Martin cria universos tão complexos e personagens tão marcantes. Conhecido tanto pela sua genialidade quanto pela demora em lançar novos livros, Martin tem uma rotina de escrita peculiar que intriga leitores e aspirantes a escritores em todo o mundo. 

Neste artigo, vamos explorar como é o processo criativo de George R.R. Martin, que hábitos ele cultiva no seu dia a dia e o que podemos aprender com a sua forma de escrever. 

A Divisão Entre o “Jardineiro” e o “Arquiteto”

Martin divide os escritores em dois tipos: arquitetos e jardineiros. Ele próprio considera-se um jardineiro - alguém que planta ideias e vai desenvolvendo a história à medida que escreve, sem necessariamente seguir um plano rígido. 

“Os jardineiros plantam uma semente e deixam a história crescer organicamente.” - George R.R. Martin

Este método, embora menos previsível, permite um maior espaço para a criatividade e para reviravoltas surpreendentes, como as que vemos constantemente nos seus livros. 

O Espaço de Escrita de George R.R. Martin

Ao contrário do que se possa imaginar, George R.R. Martin não usa softwares de escrita mais modernos. Ele escreve os seus livros numa máquina antiga chamada WordStar 4.0, num computador DOS dos anos 80. 

Segundo o autor, esta ferramenta evita distrações e ajuda-o a manter o foco. Num mundo onde notificações e redes sociais interrompem constantemente o processo criativo, o minimalismo do seu método é surpreendentemente eficaz. 

Horário de Escrita

Martin é um notívago. Costuma escrever durante a noite, quando a casa está silenciosa e a mente pode divagar sem interrupções. Embora ele não siga horários fixos, tende a trabalhar melhor entre o fim da tarde e o início da madrugada. 

A sua produtividade varia - há dias em que escreve várias páginas e outros em que passa horas a pensar num único parágrafo. Para ele, qualidade vem antes de quantidade. 

A Disciplina (ou Falta Dela)

Martin já admitiu que luta com prazos. O longo intervalo entre os livros da série As Crónicas de Gelo e Fogo é frequentemente alvo de piadas na internet, mas reflete um perfeccionismo rigoroso.

Apesar de não ser o exemplo mais tradicional da disciplina, a sua dedicação à profundidade dos personagens e à construção do mundo mostra que cada palavra é cuidadosamente escolhida. 

O que podemos aprender com George R.R. Martin?

Se és escritor ou pretendes entrar no mundo da escrita criativa, aqui ficam algumas lições valiosas da rotina de Martin:

  • Encontra o teu próprio processo: Não há uma fórmula mágica. O que funciona para uns pode não funcionar para outros.
  • Aceita o caos criativo: O planeamento é útil, mas deixar espaço para a improvisação pode tornar a história mais rica.
  • Elimina distrações: Ferramentas simples ou mesmo antigas podem ser aliadas poderosas na concentração. 
  • Respeita o teu ritmo: Nem todos escrevem 5.000 palavras por dia - e está tudo bem. 
George R.R. Martin é um escritor único, cuja rotina reflete tanto o seu génio quanto os desafios da criação literária. A sua abordagem “jardineira”, o uso de tecnologia retro e a preferência pelas noites silenciosas são elementos que, embora incomuns, resultaram numa das sagas mais épicas da literatura moderna. 

Queres melhorar a tua própria escrita? Experimenta adaptar algumas dessas estratégias à tua rotina! 

terça-feira, 3 de junho de 2025

Conselhos de Escrita de George R.R. Martin: O que aprender com o autor de “A Guerra dos Tronos”

George R.R. Martin

Se és apaixonado por escrita criativa e sonhas em publicar o teu próprio livro, há muito que aprender com
George R.R. Martin, o mestre por detrás da saga “As Crónicas de Gelo e Fogo”, que inspirou a série de sucesso “A Guerra dos Tronos” (Game of Thrones). Com uma carreira literária de décadas, Martin tornou-se referência quando o assunto é criação de mundos complexos, personagens realistas e enredos imprevisíveis. 

Neste artigo, vamos explorar os principais conselhos de escrita de George R.R. Martin e como podes aplicá-los à tua própria jornada como escritor ou escritora. 

1. Escreve primeiro para ti, depois para o público

Martin acredita que o primeiro leitor que deves satisfazer és tu mesmo. Em entrevistas ele já afirmou: 

“Escreve o tipo de histórias que gostarias de ler. Se tentares seguir tendências ou agradar o mercado, vais perder a tua voz.”

Dica prática: Cria uma lista dos teus livros e géneros preferidos. Isso pode ajudar-te a perceber que tipo de história estás destinado(a) a contar. 

2. Constrói mundos ricos e autênticos 

Um dos maiores trunfos de Martin é a construção de mundos detalhados. Westeros não é apenas um cenário - é um universo com história, política, religião, economia e conflitos sociais.

Dica prática: Faz perguntas sobre o teu mundo fictício: como funciona o sistema de governo? Há religiões ou crenças distintas? O que motiva as personagens? 

3. Cria personagens moralmente ambíguas

Em vez de heróis e vilões unidimensionais, Martin oferece-nos personagens como Tyrion, Cersei e Jaime Lannister - complexos, contraditórios e humanos. 

Dica prática: Evita o clichê do “bom vs mau”. Dá às tuas personagens objetivos claros, falhas realistas e passados que justifiquem as suas escolhas. 

4. Não apresses o processo 

Martin é conhecido por demorar anos a terminar os seus livros - algo que frusta os fãs, mas que demonstra respeito pelo processo criativo. 
“Escrever um bom livro leva o tempo que tem de levar.”

Dica prática: cria uma rotina de escrita consistente. Usa ferramentas como o Scrivener ou o Notion para organizar o teu processo.

5. Planeador ou jardineiro?

Martin divide escritores em dois tipos: arquitectos (planeadores) e jardineiros (descobridores). Ele considera-se um jardineiro, escrevendo sem conhecer todo o desfecho, deixando que a história floresça por si. 

Dica prática: Descobre o teu estilo. Se gostas de planear cada detalhe, usa mapas mentais ou esquemas. Se preferes descobrir à medida que escreves, permite-te explorar sem medo. 

Os conselhos de escrita de George R.R. Matin vão muito além da fantasia. São lições valiosas para qualquer escritor ou escritora que queira contar histórias autênticas, profundas e inesquecíveis. Lembra-te: não há fórmula mágica. O mais importante é continuar a escrever. 


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